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NOVÍSSIMO DICIONÁRIO DE ECONOMIA - A Disciplina

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MO<strong>DE</strong>LO FE<strong>DE</strong>RAL RESEARCH BOARD 402incentivos governamentais às exportações buscavamprincipalmente uma melhor utilizaçãodos dispositivos já existentes, mas a partir daíforam criados novos incentivos com a finalidadede aumentar a capacidade instalada até então.Assim, a partir de 1972 esses incentivos à exportaçãose estendiam a benefícios fiscais dadosa programas voltados especialmente à exportação,por meio dos Benefícios Fiscais a ProgramasEspeciais de Exportação (Befiex). Estabeleceramsetambém incentivos à transferência de indústriaspara o Brasil e às empresas de comercialização(trading companies). Além disso, forambaixadas medidas que favoreciam certos setoresespecíficos, como minerais elaborados, veículos,navios e embarcações. Aproximadamente70% dos produtos exportados pelo Brasil ousão produtos primários, como açúcar, soja ecafé, ou estão diretamente ligados a produtosprimários, como, por exemplo, óleo e torta desoja, café solúvel e tecidos de algodão. Os restantes30% correspondem a produtos manufaturados,que variam de sapatos a automóveise armamentos.MO<strong>DE</strong>LO FE<strong>DE</strong>RAL RESEARCH BOARD(MIT). Veja Macromodelo.MO<strong>DE</strong>LO HARROD-DOMAR. Modelo do processode crescimento econômico que é uma síntesedo trabalho independente de dois economistas,o inglês Roy F. Harrod e o norte-americanoEvsey D. Domar. O primeiro sustentouque a taxa de investimento precisa ser igual àtaxa de poupança, o que é uma condição suficientepara o crescimento equilibrado. Para Domar,é necessário haver uma segunda igualdade:entre o crescimento da renda e o crescimentoda capacidade produtiva. O Modelo Harrod-Domarpode ser visto como uma tentativa de concretizara teoria keynesiana da determinação dinâmicada renda, considerando o efeito de certasvariáveis de tempo. Os elementos básicos domodelo de crescimento de longo prazo são osseguintes: 1) uma função de produção, onde oproduto Q resulta do total de capital (k) empregado,multiplicado pela relação produto-capital(v), de tal forma que Q = k.v. A relação produto-capitalé definida como a quantidade de capitalnecessária para produzir uma unidade deproduto, e o modelo supõe que ela permaneçaconstante; 2) uma concepção de poupança baseadana propensão a poupar de Keynes, estabelecendoque a poupança total (S) num períodoqualquer é uma determinada porcentagem (s)da renda ou do produto total (Q) daquele período,de tal forma que S = s.Q; 3) supõe queo pleno emprego do capital, ou seja, toda a poupançaé investida e se agrega ao estoque de capital,de tal forma que S = I = dk, onde I =investimento. O capital é o único fator de produçãoexplicitamente considerado no ModeloHarrod-Domar. O trabalho se combina com ocapital em proporções fixas, não havendo apreocupação em articular aumentos populacionaisou da força de trabalho com mudanças derivadasda demanda de trabalho na medida emque a acumulação de capital se desenvolve. Supondoque a relação produto-capital seja iguala 1/4, ou melhor, que para produzir uma unidadede produto sejam necessárias quatro unidadesde capital, e que a propensão a pouparseja 25% (sendo os restantes 75% da renda destinadosao consumo) e que o processo tem iníciocom estoque de capital de 400, o produto noprimeiro ano será igual a 400x1/4 = 100. Destetotal, 75% serão consumidos e 25% poupados,resultando um incremento do estoque de capitalde 25% de 100 = 25, determinando, portanto,um estoque de capital no ano seguinte de 425,o que resultará um produto de 106,25 unidadese assim sucessivamente. Supondo que o crescimentodemográfico seja aproximadamente de3% ao ano, o mesmo acontecendo com a forçade trabalho, os resultados numéricos num períodode cinco anos são os seguintes:k q s c p q/p1 400 100 25 75 100 1,0002 425 106,25 26,56 79,69 103 1,0313 451,56 112,89 28,22 84,67 106,9 1,0644 479,78 119,94 29,98 89,95 109,2 1,0975 509,76 127,44 31,86 95,58 112,54 1,132Onde (c) = consumo, (p) = população, (q/p) =renda per capita.O crescimento da força de trabalho não afeta odesempenho do modelo, embora seus reflexosapareçam na determinação da renda per capita,como se observa na última coluna (q/p). Istosignifica que a renda per capita durante o processode desenvolvimento econômico dependeráda taxa de crescimento demográfico (g), dapropensão a poupar (s) e da relação produtocapital(v). Se a taxa de crescimento for inferiora s.v, a renda per capita crescerá s.v-g. Se g forsuperior a s.v, a renda per capita diminuirá, e seas duas proporções forem equivalentes, a rendaper capita permanecerá constante. Embora o modelotenha limitações e pontos criticáveis, eleserviu como ponto de partida das teorias modernasde desenvolvimento econômico. As principaisinsuficiências do modelo foram ressaltadaspor Solow (1956) e Swan (1956), no sentidode que, dentro de certos limites, o capital e otrabalho são fatores substituíveis entre si. Joan

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