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NOVÍSSIMO DICIONÁRIO DE ECONOMIA - A Disciplina

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445 PARAFISCALJogos), 1947, de Von Neumann e Morgenstern.Em 1936, tentando definir uma estratégia razoávelpara um jogo repetitivo com uma expectativamatemática positiva, Allais verificou a existênciada preferência por segurança na vizinhança dacerteza demonstrada por todos aqueles que sesubmetiam à prova, especialmente quando secolocavam em jogo grandes somas em dinheiro,isto é, somas muito elevadas em relação à rendadas pessoas consultadas. Essa constatação levouAllais a formular um teste, em 1952, que se tornouconhecido como paradoxo de Allais. O testeconsiste em duas perguntas: 1) Você prefere asituação A ou a situação B? Situação A: certezade ganhar 100 milhões de francos; Situação B:10% de probabilidade de ganhar 500 milhõesde francos; 89% de probabilidade de ganhar 100milhões de francos; 1% de probabilidade de nãoganhar nada. 2) Você prefere a situação C ou asituação D? Situação C: 11% de probabilidadede ganhar 100 milhões de francos; 89% de probabilidadede não ganhar nada. Situação D: 10%de probabilidade de ganhar 500 milhões de francos;90% de probabilidade de não ganhar nada.Allais mostra que de acordo com as formulaçõesneobernoullianas (de Von Neumann e Morgenstern),a preferência da situação A sobre a B, istoé, se AB, significaria a preferência da situaçãoC sobre a D, isto é, que CD. No entanto, Allaisobservou que mesmo pessoas muito cuidadosas,acostumadas ao cálculo de probabilidade e consideradasracionais (embora com rendas relativamentepequenas se comparadas com os ganhosdo exemplo anterior), preferiam A a B, masao mesmo tempo preferiam D a C. Uma vezque os neobernoullianos consideram evidentesos axiomas dos quais eles deduzem formulações(neobernoullianas), reputam esse resultado, istoé, o experimento de Allais, um paradoxo.PARADOXO <strong>DE</strong> GIBSON. Comportamento contraditórioentre preços, taxas de juros e emissãode moeda verificado por Gibson no início doséculo XX. Gibson procurou verificar se o crescimentoda oferta de moeda provocaria um aumentodos preços e uma queda das taxas dejuros. Examinando a evolução dos preços duranteo século XIX, ele esperava encontrar umarelação inversa entre os índices de preços e astaxas de juros, isto é, quando os preços estivessemem elevação (pelo aumento da emissão demoeda), as taxas de juros deveriam apresentaruma tendência descendente e vice-versa. No entanto,ele encontrou um resultado diferente doesperado: aparentemente, o aumento na ofertamonetária provocava ao mesmo tempo uma elevaçãodos preços e um aumento da taxa de juros.O comportamento dessas variáveis parecia paradoxal,pois a oferta em expansão de moedadeveria provocar uma queda nas taxas de juros.Gibson procurou explicar o fenômeno utilizando-sedo conceito das expectativas do públicosobre o comportamento futuro dos preços. Aexperiência de preços em elevação numa determinadaconjuntura pode levar o público a expectativasinflacionárias crescentes e, portanto,de taxas nominais de juros mais elevadas. Mesmoque a maior oferta de moeda resultar numaqueda temporária nas taxas de juros, aquelesque emprestaram dinheiro vão perceber queperderão se emprestarem a taxas nominais dejuros mais baixas. Portanto, a oferta de créditosomente se dará a taxas de juros mais elevadas,que possam compensar essas expectativas dopúblico de preços em elevação. No início dosanos 80, Paul Volcker, secretário do Tesouro dosEstados Unidos, baseou-se nessas concepções deGibson, isto é, recomendando a contração daoferta monetária, para reduzir as elevadas taxasde juros que vigoraram durante a década passadanaquele país em particular e no mundoem geral.PARADOXO <strong>DE</strong> GIFFEN. Veja Giffen, Robert.PARADOXO <strong>DE</strong> LEONTIEF. Em 1953, Leontiefdescobriu que as exportações norte-americanasem 1947 eram mais trabalho intensivasdo que as importações, no sentido de que o capitalpor trabalhador necessário para produzirUS$ 1 milhão em exportações era menor do queo capital necessário para produzir US$ 1 milhãode substitutos dessas importações. Isso contrariavafrontalmente a noção empírica de que osEstados Unidos tinham capital em abundânciaem relação ao trabalho, bem como a formulaçãoteórica de Heckscher-Ohlin do comércio internacional,segundo a qual, a partir de dois fatoresde produção (capital e trabalho) e duas mercadorias,um país exportará aquela que for produzidautilizando intensamente o fator relativamenteabundante. Nesse sentido, a descobertade Leontief é chamada de “paradoxo”, na medidaem que é o único caso em que a teoria nãoé confirmada pela prática. Veja também Teoremade Heckscher-Ohlin.PARADOXO <strong>DE</strong> RUSSELL. Paradoxo formuladopor Bertrand Russell (matemático e filósofo),relacionado com a teoria dos conjuntos: umcretense que diga “todos os cretenses são mentirosos”estará mentindo ou falando a verdade?PARADOXO <strong>DE</strong> SÃO PETERSBURGO. VejaHipótese de Bernoulli.PARAFISCAL. Termo que significa uma contribuiçãoaos cofres do governo paralela ao sistemafiscal, isto é, exigida pelo Estado, mas quenão se apresenta como imposto.

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