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MIOLO ELA POR ELAS Nº 8

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133<br />

LIVROS<br />

Backlash: o contra-ataque<br />

na guerra não declarada às<br />

mulheres<br />

Autora:<br />

Susan Faludi<br />

Editora Rocco<br />

A década de 1980<br />

deflagrou um implacável<br />

contraataque<br />

às conquistas<br />

femininas, que<br />

opera em dois níveis:<br />

convencer as mulheres de que seus<br />

sentimentos de angústia e insatisfação<br />

são resultado do excesso de independência,<br />

ao mesmo tempo em que destrói<br />

gradativamente os mínimos avanços<br />

que as mulheres realizaram no trabalho,<br />

na política e em sua forma de pensar.<br />

Susan Faludi, prêmio Pulitzer de jornalismo,<br />

mostra como a imprensa se ocupou<br />

em repercutir essas mensagens ao<br />

dar um cunho moralista às notícias e<br />

reportagens, e manipular estatísticas.<br />

O segundo sexo<br />

Autora: Simone<br />

de Beauvoir<br />

Editora Nova<br />

Fronteira<br />

Provedora, vassala,<br />

acolhedora. Não<br />

importa como se<br />

apresenta, o lugar<br />

da mulher sempre foi definido pelo homem.<br />

Este configura a posição central<br />

na sociedade. O homem que tomou<br />

para si a definição de ‘ser humano’ relega<br />

à mulher uma posição secundária,<br />

um papel de coadjuvante na História.<br />

Foi a partir dessa constatação e da<br />

pergunta ‘o que é uma mulher?’, que a<br />

filósofa existencialista Simone de Beauvoir<br />

deu início à sua reflexão para escrever<br />

O segundo sexo.<br />

O mito da beleza<br />

Autora:<br />

Naomi Wolf<br />

Editora Rocco<br />

Para mostrar co -<br />

mo a indústria da<br />

beleza e o culto à<br />

bela fêmea manipulam<br />

imagens que<br />

minam a resistência psicológica e material<br />

femininas, reduzindo as conquistas<br />

de 20 anos de lutas a meras ilusões,<br />

Naomi Wolf escreveu um livro com dados<br />

estatísticos.<br />

Em O mito da beleza, Naomi enfrenta o<br />

que ela acredita ser a única trincheira<br />

ainda por derrubar para que a mulher<br />

possa obter sua igualdade em todos os<br />

campos.<br />

Viagem no vagão de Lia<br />

Autora: Celina<br />

Maria Coelho<br />

Editora: Aquarela<br />

A narrativa revela<br />

a vida de Lia<br />

desde antes de<br />

conquistar um<br />

vagão de trem da extinta Central do<br />

Brasil. Maria de Oliveira (1941 – 2013)<br />

fez deste vagão morada e ao seu<br />

redor construiu uma casa, plantou<br />

árvores, criou bichos, transformou<br />

lixo em arte. Tornou-se alvo dos<br />

olhares da mídia, de estudantes, de<br />

curiosos. No livro, a autora trata<br />

dos desafios enfrentados pela protagonista,<br />

na trajetória desde o Espírito<br />

Santo, onde nasceu, passando<br />

pelo Rio de Janeiro, Nanuque e Belo<br />

Horizonte, para culminar, em Contagem,<br />

sua saga triunfal para se tornar<br />

a “Lia do Vagão”.<br />

FILMES<br />

Rosa de Luxemburgo<br />

Direção: Margarethe Von Trotta<br />

Gênero: Drama<br />

Nascida na Polônia e doutora em<br />

Ciências Econômicas, Rosa Luxemburgo<br />

torna-se uma das grandes<br />

líderes do movimento operário revolucionário<br />

alemão, adere ao Partido<br />

Social-Democrata alemão em<br />

1898 e em 1914 rompe violentamente<br />

com essa agremiação. Rosa, a Vermelha,<br />

como era conhecida, visceralmente<br />

internacionalista e antibelicista<br />

condena como uma traição<br />

o apoio dos social-democratas à<br />

deflagração da Primeira Guerra<br />

Mundial.<br />

Violette<br />

Direção: Martin Provost<br />

Gênero: Drama, Biografia<br />

O filme aborda o relacionamento<br />

entre Simone de Beauvoir, uma das<br />

maiores feministas da história, e a<br />

escritora Violette Leduc. Em Paris,<br />

meados do século XX, Violette se<br />

vê como uma mulher feia e desinteressante.<br />

Porém, se por um lado<br />

a ausência de autoestima domina<br />

a sua vida, por outro a faz refletir<br />

sobre as relações entre as pessoas<br />

e, em especial, sobre a condição<br />

feminina.<br />

Nunca sem minha filha<br />

Direção: Brian Gilbert<br />

Gênero: Drama<br />

Betty está casada há sete anos<br />

com o iraniano naturalizado americano<br />

Moody. Os dois têm uma pequena<br />

filha a quem amam muito.<br />

Com a troca de poder no Irã,<br />

Moody decide que é hora de voltar.<br />

Contrariada, Betty aceita ir, mas ao<br />

chegar lá, descobre que foi enganada<br />

e que seu marido não é quem<br />

ela pensava.<br />

Revista Elas por Elas - Abril 2015

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