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Curso-de-Teologia-modulo-II

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MÓDULO 2 I DOUTRINA DE CRISTO<br />

A DOUTRINA DE JESUS CRISTO<br />

NO APOCALIPSE<br />

O livro inicia dizendo que é uma “revelação <strong>de</strong> Jesus Cristo” (Apocalipse 1.1). Jesus Cristo é a pessoa e 0 tema<br />

central do livro. Ele é apresentado como 0 Cor<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> Deus que cumpriu as profecias do Antigo Testamento. Ele<br />

notificou ao seu servo João as coisas que em breve <strong>de</strong>vem acontecer e disse a ele: “Escreve, pois, as coisas que<br />

viste, e as que são, e as que hão <strong>de</strong> acontecer <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>stas” (1.19).<br />

O senhorio ou soberania <strong>de</strong> Jesus Cristo se ressalta do começo ao fim do livro. Quando Jesus se manifesta,<br />

andando entre sete can<strong>de</strong>labros <strong>de</strong> ouro e segurando sete estrelas na mão direita, passa a explicar que os<br />

can<strong>de</strong>labros são as sete gran<strong>de</strong>s igrejas da Ásia Menor (on<strong>de</strong> João estava) e as estrelas eram os anjos <strong>de</strong>ssas<br />

igrejas. Jesus está pessoalmente vigiando as igrejas, presente entre elas, naqueles tempos e até hoje.<br />

As cartas que Jesus mandou escrever àquelas igrejas têm aplicação imediata a cada uma <strong>de</strong>las, naquele<br />

momento histórico, mas também são consi<strong>de</strong>radas admoestações a vários tipos <strong>de</strong> igreja durante toda a História<br />

da Igreja, e é muito comum i<strong>de</strong>ntificar cada uma <strong>de</strong>las, na or<strong>de</strong>m em que aparecem, como profecia do que se<br />

suce<strong>de</strong>ria à cristanda<strong>de</strong> no <strong>de</strong>curso dos séculos.<br />

Neste contexto, temos duas <strong>de</strong>clarações paralelas, que, juntas, nos revelam a plena divinda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo: “Eu<br />

sou 0 Alfa e Omega, diz 0 Senhor Deus, aquele que é, que era e que há <strong>de</strong> vir, o Todo-Po<strong>de</strong>roso” (1.8); e ainda:<br />

“Não temas; eu sou o primeiro e 0 último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos<br />

dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno” (1.17-18).<br />

Nas cartas às sete igrejas, Jesus Cristo está ditando, mas cada uma <strong>de</strong>las termina com a exortação: “Quem<br />

tem ouvidos, ouça 0 que o Espírito diz às igrejas” (2.7, etc.). Aquilo que Cristo diz fica em pé <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> com<br />

aquilo que 0 Espírito Santo diz. Já nos Evangelhos estamos acostumados com essa exortação <strong>de</strong> Jesus: “Quem<br />

tem ouvidos, ouça!” (Mateus 11.15), com referência aos seus ensinos - e há muitas expressões paralelas.<br />

A soberania divina <strong>de</strong> Jesus Cristo, tema que percorre o Apocalipse, já é anunciada em 1.5: “.. .Jesus Cristo, a Fiel<br />

Testemunha, 0 Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Aquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos<br />

libertou dos nossos pecados”, em plena harmonia com a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> Jesus nos Evangelhos: “Toda a autorida<strong>de</strong> me<br />

foi dada no céu e na terra” (Mateus 28.18). Temos ainda 0 cântico <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong> anjos proclamando: “Vi<br />

e ouvi uma voz <strong>de</strong> muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong><br />

milhões e milhares <strong>de</strong> milhares, proclamando em gran<strong>de</strong> voz: Digno é o Cor<strong>de</strong>iro que foi morto <strong>de</strong> receber o po<strong>de</strong>r,<br />

e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra,<br />

<strong>de</strong>baixo da terra e sobre o mar, e tudo 0 que neles há, estava dizendo: Aquele que está sentado no trono e ao Cor<strong>de</strong>iro,<br />

seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 5.11-13).<br />

Títulos messiânicos do Antigo Testamento, retomados por Jesus nos Evangelhos, reaparecem no Apocalipse,<br />

como: “ .. .0 Leão da tribo <strong>de</strong> Judá, a Raiz <strong>de</strong> Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos” (Apocalipse 5.5);<br />

e Jesus disse, no último capítulo: “Eu sou a Raiz e a Geração <strong>de</strong> Davi, a brilhante Estrela da manhã” (22.16).<br />

A Segunda Vinda <strong>de</strong> Cristo, referida nos Evangelhos e <strong>de</strong>clarada mais pormenorizadamente na primeira e<br />

na segunda Epístola aos Tessalonicenses, é <strong>de</strong>clarada já no início do Apocalipse: “Eis que vem com as nuvens,<br />

e todo olho o verá, até quantos 0 traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente.<br />

Amém!” (Apocalipse 1.7).<br />

Na mesma linguagem da parábola do servo vigilante (Lucas 12.35-48) temos: “Eis que venho como vem<br />

0 ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não an<strong>de</strong> nu, e não se veja a sua<br />

vergonha” (Apocalipse 16.15).<br />

No <strong>de</strong>curso dos eventos narrados no Apocalipse, Jesus Cristo é sempre enaltecido como o Senhor ressurreto<br />

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CURSO DE TEOLOGIA

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