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Curso-de-Teologia-modulo-II

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MÓDULO 2 I HISTÓRIA DE ISRAEL<br />

Sua missão foi marcada pela pouca fé do povo, uma vez que este estava sob jugo assírio e assim não confiava<br />

em seu Deus, entregando-se à idolatria.<br />

Outro profeta foi Sofonias (630 a.C.), que <strong>de</strong>ve ter atuado durante o reinado <strong>de</strong> Josias. Suas palavras eram<br />

contra todas as práticas sincréticas, fornecendo provavelmente as bases para a reforma religiosa que viria a<br />

ocorrer. Essa reforma promovida por esse monarca não conseguiu extirpar a idolatria instaurada durante o reinado<br />

<strong>de</strong> Manassés, motivo pelo qual os profetas continuaram a anunciar o castigo divino. O profeta também atacou 0<br />

domínio assírio, porém <strong>de</strong> modo mais tênue que Naum. Uma <strong>de</strong> suas mensagens <strong>de</strong>fendia a idéia <strong>de</strong> que como<br />

Deus morava em Jerusalém, apesar <strong>de</strong> todas as iniqüida<strong>de</strong>s lá vigentes, estaria libertada do pecado. Uma parte da<br />

população <strong>de</strong> Judá sobreviveria e seria purificada. Sofonias também abriu a possibilida<strong>de</strong> para que outros povos<br />

do mundo tivessem uma felicida<strong>de</strong> futura, anunciando a vinda <strong>de</strong>sse grupo a Sião.<br />

Habacuque (605-602/1 a.C.) foi o terceiro profeta <strong>de</strong>sse período. Sua obra po<strong>de</strong> ser colocada no período do<br />

domínio babilônico em Judá. Foi composta por um conjunto <strong>de</strong> queixas do profeta para com seu Deus sobre as<br />

atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seu povo, seguida <strong>de</strong> respostas divinas. Em sua principal lamentação ele afirmou que Deus era puro<br />

<strong>de</strong>mais e por essa razão não po<strong>de</strong>ria ver 0 mal que havia em Judá. A resposta <strong>de</strong> Deus foi que Ele se utilizaria<br />

<strong>de</strong> uma nação para a realização <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>sígnios, fato já mencionado anteriormente pelo profeta Isaías. Outro<br />

oráculo anunciava um princípio on<strong>de</strong> 0 justo viveria por sua fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> a Deus. Assim, a visão do profeta mudou,<br />

o que refletiu em seu cântico final, afirmando a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> a Deus, mesmo sem compreendê-la.<br />

Sobre o profeta Jeremias, principal expoente da profecia <strong>de</strong>sse século, suas primeiras pregações foram apelos<br />

para 0 retomo do povo do Reino do Norte para Jerusalém, a Casa <strong>de</strong> Davi, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>nunciar o pecado local<br />

e anunciar as condições necessárias para o estabelecimento <strong>de</strong> uma nova Aliança com Deus. Ocorreu então a<br />

reforma promovida por Josias.<br />

O rei Jeoaquim teve o profeta Jeremias como opositor, <strong>de</strong>vido à sua política pró-Egito. Suas profecias passaram<br />

a ser ditadas a seu amanuense Baruque, que foi incumbido <strong>de</strong> lê-las no templo, uma vez que sua entrada havia<br />

sido proibida. O rei, numa <strong>de</strong>ssas leituras, tentou anular a palavra <strong>de</strong> Deus, provocando a fuga <strong>de</strong> Jeremias e <strong>de</strong><br />

Baruque, que tiveram <strong>de</strong> se escon<strong>de</strong>r.<br />

A atuação <strong>de</strong> Jeremias ficou mais fácil quando subiu ao trono Ze<strong>de</strong>quias, que confiava plenamente no profeta.<br />

Por volta <strong>de</strong> 594 a.C., revoltas da Babilônia eclodiram, além <strong>de</strong> um novo faraó no Egito, <strong>de</strong>spertando a esperança<br />

<strong>de</strong> uma solução breve para o problema dos exilados <strong>de</strong> 597 a.C. O pseudoprofeta Hananias, <strong>de</strong> Gibeão, previu<br />

o retomo da população <strong>de</strong>portada <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> dois anos (Jeremias 28.1-10), porém o profeta Jeremias se colocou<br />

contra tal discurso, afirmando que o retomo, apesar <strong>de</strong> ser uma vonta<strong>de</strong> divina, não era para tão cedo e or<strong>de</strong>nou,<br />

através <strong>de</strong> uma carta aos exilados, que se instalassem no país para on<strong>de</strong> foram enviados. Jeremias aconselhou<br />

Ze<strong>de</strong>quias a ser submisso à Babilônia.<br />

Porém, em 588 a.C. Nabucodonosor sitiou Jerusalém, que resistiu por um ano e meio. A cida<strong>de</strong> não suportou<br />

tal pressão e caiu em 586 a.C., e o profeta foi protegido pelas autorida<strong>de</strong>s babilônicas. A <strong>de</strong>struição foi anunciada<br />

por Jeremias, justificada pelas atitu<strong>de</strong>s iníquas do povo, que não soube manter a Aliança com o seu Deus. Nesse<br />

caso, o profeta incluiu os homens que ocupavam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os mais altos postos no Reino até 0 povo mais simples.<br />

Ninguém escapou. As maiores críticas foram aos que mais conhecimento possuíam, pois <strong>de</strong>veriam guiar 0 povo<br />

e não o fizeram. O exemplo retirado da <strong>de</strong>struição do Reino <strong>de</strong> Israel simbolizava um retomo ao caos, <strong>de</strong>vido ao<br />

pecado cultivado no meio <strong>de</strong> toda a população.<br />

Na seqüência <strong>de</strong>sses acontecimentos o profeta anunciou a restauração da Aliança <strong>de</strong> Deus com seu povo, que<br />

foi interpretada quando do término da catástrofe por seus discípulos, auxiliando <strong>de</strong>sse modo a sobrevivência do<br />

grupo exilado. Assim, o retomo dos que foram para a Babilônia foi uma das imagens <strong>de</strong>ssa época, na qual Deus<br />

reunia novamente o seu povo, sendo estabelecida uma nova Aliança.<br />

As características <strong>de</strong>sse novo acordo começaram com a lei escrita no coração das pessoas: “Eis aí vêm dias,<br />

diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa <strong>de</strong> Israel e com a casa <strong>de</strong> Judá. Não conforme a aliança<br />

que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam<br />

a minha aliança, não obstante eu os haver <strong>de</strong>sposado, diz o SENHOR. Porque esta é a aliança que firmarei<br />

CURSO DE TEOLOGIA<br />

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