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MÓDULO 2 I HISTÓRIA DE ISRAEL<br />
0 REINO DO SUL<br />
Nesse período o Reino <strong>de</strong> Judá era governado por Ezequias (716-697 a.C.), cujo reinado foi marcado pela paz<br />
e prosperida<strong>de</strong>, uma vez que não se envolveu com as questões assírias. Seu sucessor, Manassés (686-642 a.C.),<br />
sentiu mais fortemente 0 jugo assírio, uma vez que auxiliou essa nação na luta contra 0 Egito, sendo fiel vassalo<br />
<strong>de</strong> Assurbanipal (669-630? a.C.).<br />
Durante 0 final do reinado <strong>de</strong> Assurbanipal, 0 controle sobre as províncias mais distantes já havia<br />
diminuído, fato que permitiu a in<strong>de</strong>pendência da província da Babilônia e conseqüentemente a fundação<br />
do império neobabilônico por Nabopolassar (626-605 a.C.), além <strong>de</strong> uma política mais in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte sob<br />
Josias (640-609 a.C.) em Judá. Esse rei promoveu um crescimento econômico e uma expansão territorial que<br />
somente foi possível <strong>de</strong>vido ao contexto assírio. Sua morte causou abalos na sucessão real, <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ando<br />
uma instabilida<strong>de</strong> política.<br />
Nos dias <strong>de</strong> Josias (640-609), subiu Faraó-Neco, rei do Egito, contra 0 rei da Assíria, ao rio Eufrates; e<br />
tendo saído contra ele o rei Josias, Neco 0 matou, em Megido, no primeiro encontro. De Megido, os seus<br />
servos 0 levaram morto e, num carro, 0 transportaram para Jerusalém, on<strong>de</strong> o sepultaram no seu jazigo. O<br />
povo da terra tomou a Jeoacaz (609-?), filho <strong>de</strong> Josias, e o ungiu e o fez rei em lugar <strong>de</strong> seu pai. Entretanto,<br />
Faraó-Neco 0 mandou pren<strong>de</strong>r em Ribla, na terra <strong>de</strong> Hamate, para que não reinasse em Jerusalém; e impôs<br />
à terra a pena <strong>de</strong> cem talentos <strong>de</strong> prata e um <strong>de</strong> ouro. Também constituiu rei a Eliaquim, filho <strong>de</strong> Josias, em<br />
lugar <strong>de</strong> seu pai, e lhe mudou o nome para Jeoaquim (609-597); porém levou consigo para o Egito a Jeoacaz,<br />
que ali morreu (2 Reis 23.29-33).<br />
Nos dias <strong>de</strong> Jeoaquim, em 605 a.C., subiu Nabucodonosor, rei da Babilônia, contra ele, que por três anos<br />
ficou seu servo, porém <strong>de</strong>sse confronto ele levou alguns ju<strong>de</strong>us para a Babilônia como cativos, entre os quais 0<br />
profeta Daniel. Algum tempo <strong>de</strong>pois se rebelou contra Nabucodonosor, mas quem irá sofrer com esta atitu<strong>de</strong> é<br />
seu filho. Morreu Jeoaquim, e Joaquim (597 -?), seu filho, reinou em seu lugar. Mal terminaram os festejos <strong>de</strong><br />
sua coroação, chega a Jerusalém a notícia da aproximação <strong>de</strong> Nabucodonosor à frente <strong>de</strong> um po<strong>de</strong>roso exército.<br />
Joaquim, com apenas <strong>de</strong>zoito anos, rei somente por alguns meses, or<strong>de</strong>na a abertura dos portões da cida<strong>de</strong> e<br />
coloca-se à mercê do rei da Babilônia, juntamente com a família real.<br />
Mesmo com tamanha atitu<strong>de</strong>, Nabucodonosor é extremamente severo: o templo é <strong>de</strong>spojado <strong>de</strong> todos os seus<br />
valores, Joaquim é levado acorrentado para a Babilônia, juntamente com seus ministros, sacerdotes e os mais<br />
graduados funcionários civis e militares, bem como milhares <strong>de</strong> artesãos e artífices, entre os quais se encontrava<br />
0 profeta Ezequiel. Era 0 ano <strong>de</strong> 597, o primeiro exílio.<br />
Nabucodonosor concorda com a preservação da dinastia davídica e indica para ocupar o trono o “tio paterno<br />
<strong>de</strong>ste, Matanias, <strong>de</strong> quem mudou 0 nome para Ze<strong>de</strong>quias” (2 Reis 24.17).<br />
Ze<strong>de</strong>quias (597-587 a.C.) foi entronado por Nabucodonosor, tomando-se 0 regente <strong>de</strong> Judá, sendo o seu<br />
governo bastante complicado, uma vez que a população respeitava a autorida<strong>de</strong> do rei no exílio, não se submetendo<br />
à sua autorida<strong>de</strong>, que se encontrava sob pressão externa.<br />
Em 595 a.C. uma rebelião na Babilônia <strong>de</strong>spertou as esperanças <strong>de</strong> libertação dos cativos, porém esta não ocorreu.<br />
No ano seguinte, a presença babilônica na região foi reforçada. O rei Ze<strong>de</strong>quias encontrava-se em uma situação<br />
<strong>de</strong>licada, realizando um jogo duplo ao manter a sua vassalagem com a Babilônia e, ao mesmo tempo, auxiliando 0<br />
Egito em sua luta contra o domínio etíope, através do envio <strong>de</strong> seus homens para lutar na guerra. Esse fato culminou<br />
na invasão <strong>de</strong> Jerusalém pela Babilônia em 587 a.C., tendo a cida<strong>de</strong> resistido até o verão <strong>de</strong> 586 a.C.<br />
CURSO DE TEOLOGIA<br />
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