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MÓDULO 2 i DOUTRINA DE CRISTO<br />
ALGUNS ENSINOS DA PARTE<br />
DE JESUS CRISTO<br />
Jesus discursava em público após formar seu grupo <strong>de</strong> doze discípulos (cf. Lucas 6.12-16), e uma multidão<br />
se aglomerava ao <strong>de</strong>rredor, “que vieram para o ouvirem e serem curados <strong>de</strong> suas enfermida<strong>de</strong>s; também os<br />
atormentados por espíritos imundos eram curados” (Lucas 6.18). Fica evi<strong>de</strong>nte que os milagres <strong>de</strong> Jesus eram<br />
“sinais” que apontavam para a autorida<strong>de</strong> sobrenatural da sua Pessoa. Seu discurso era: “Bem-aventurados vós,<br />
os pobres, porque vosso é o reino <strong>de</strong> Deus. Bem-aventurados vós, os que agora ten<strong>de</strong>s fome, porque sereis fartos.<br />
Bem-aventurados vós, os que agora chorais, porque haveis <strong>de</strong> rir. Bem-aventurados sois quando os homens vos<br />
odiarem e quando vos expulsarem da sua companhia, vos injuriarem e rejeitarem o vosso nome como indigno,<br />
por causa do Filho do Homem” (Lucas 6.20-22).<br />
Aqui começa a “plataforma” religiosa <strong>de</strong> Jesus Cristo, que se contrapõe aos valores mais estimados pelo<br />
mundanismo. Os valores divinos são eternos, e a recompensa pela prática <strong>de</strong>les se achará no céu (v. 23) - mas<br />
é aqui na Terra que são a norma ética para os fiéis, que pertencem ao Reino <strong>de</strong> Deus no sentido <strong>de</strong> serem leais à<br />
Soberania do Rei Jesus, num mundo <strong>de</strong> trevas e <strong>de</strong> rebelião contra Deus.<br />
Sua mensagem era direta. Dizia ele: “Amai, porém, os vossos inimigos, fazei 0 bem e emprestai, sem esperar<br />
nenhuma paga; será gran<strong>de</strong> o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo” (Lucas 6.35). É contun<strong>de</strong>ntemente<br />
clara, porém há uma enorme luta espiritual para po-la em prática. Continua Ele: “Não julgueis e não sereis<br />
julgados; não con<strong>de</strong>neis e não sereis con<strong>de</strong>nados; perdoai e sereis perdoados; dai, e dar-se-vos-á; boa medida,<br />
recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiver<strong>de</strong>s medido<br />
vos medirão também” (Lucas 6.37-38). Críticas, con<strong>de</strong>nações, perdão e generosida<strong>de</strong> voltarão a nós na mesma<br />
medida em que os distribuímos.<br />
A soli<strong>de</strong>z da nossa vida religiosa é analisada em Lucas 6.43-45, resumida nas palavras “cada árvore é conhecida<br />
pelo seu próprio fruto”, e em Lucas 6.46-49: “Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?<br />
Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante. É<br />
semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha;<br />
e, vindo a enchente, arrojou-se 0 rio contra aquela casa e não a pô<strong>de</strong> abalar, por ter sido bem construída. Mas 0<br />
que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a terra sem alicerces, e, arrojandose<br />
o rio contra ela, logo <strong>de</strong>sabou; e aconteceu que foi gran<strong>de</strong> a ruína daquela casa”. Essa ilustração mostra que<br />
nossa comunhão com Cristo <strong>de</strong>ve servir <strong>de</strong> alicerce profundo da construção que é a nossa vida.<br />
Sobre a oração, Lucas 11.1-13 registra mais outros ensinos públicos <strong>de</strong> Jesus. Na narrativa, Jesus estava<br />
orando e, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> terminar, um discípulo pediu: “Senhor, ensina-nos a orar” (v. 1), e Jesus ofereceu o mo<strong>de</strong>lo<br />
a ser seguido, o “Pai-Nosso” (v. 2-4), e exemplificou como um amigo terrestre aten<strong>de</strong> à petição urgente <strong>de</strong> outro<br />
amigo (v. 5-8), e um pai terrestre aten<strong>de</strong> aos pedidos dos filhos (v. 11-12), <strong>de</strong> modo que, muito mais, nosso Pai<br />
celeste nos aten<strong>de</strong> às orações, mormente as com intenção espiritual (v. 13).<br />
Sobre a firme confiança em Deus, Jesus ensina (Lucas 12.22-34): “ ...não an<strong>de</strong>is ansiosos pela vossa vida,<br />
quanto ao que haveis <strong>de</strong> comer, nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis <strong>de</strong> vestir. Porque a vida é mais do que<br />
o alimento, e o corpo, mais do que as vestes” (v. 22-23). “Preocupar” tem muitos sentidos comuns em português, e a<br />
palavra em grego é semelhante a “tarraxa” (instrumento para fazer rosca em parafusos) - ficar mesmo “contorcido”<br />
ou “em parafuso”. Numa civilização oriental na qual a tamareira é cuidadosamente plantada e cuidada, para dar<br />
frutos quarenta anos mais tar<strong>de</strong>, não se po<strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r que ficar “<strong>de</strong>spreocupado” é <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> trabalhar, estudar,<br />
preparar-se e precaver-se. Tudo é uma questão <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s: investir tempo e dinheiro nas coisas que agradam a<br />
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CURSO DE TEOLOGIA