Plano de Desenvolvimento Institucional - Campus Ipojuca - IFPE

4. MERCADO DE TRABALHO
Considerando como fundamento a pesquisa para a identificação da demanda a fim de ser
implantado o curso de Licenciatura em Física, citada anteriormente, podemos afirmar que
existe uma carência expressiva de professores de Física que atuam nesta região, com
quase nenhuma perspectiva da solução deste problema. Esse mercado, em potencial, existe
nas escolas públicas e/ou particulares. No momento, essas escolas, por não encontrarem
no mercado professores licenciados em Física para suprirem tal lacuna, adotam medidas
paliativas que na sua grande maioria não resolvem o problema, apenas adiam ou escondem
essa necessidade. Contratam, então, profissionais de área afins, tais como engenheiros,
estudantes de Matemática, que muitas vezes têm apenas o curso de Biologia e não foram,
portanto, habilitados para trabalhar com o ensino da Física. Desempenham essas atividades
de forma superficial, provocando enormes lacunas de conhecimento na formação dos
alunos, em particular de alunos do ensino médio e fundamental, que são submetidos ao
ensino ministrado por esses profissionais.
A gravidade do quadro de atendimento a demanda de professores de Física licenciados a
ensinar nas escolas é cada vez mais intensa, manifestando uma lacuna como podemos
constatar em materiais de circulação de noticias.
Também constatamos nestes relatos.
Um levantamento feito pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de
Pernambuco (Sintepe) mostra que 77% das escolas da rede estadual da
região Agreste do Estado têm déficit de professor. Faltam docentes em
disciplinas essenciais como matemática (25%) e português (12%) e outras
como física (12%)... (Jornal do Commércio, Cláudia Parente, 30/10/2007).
As escolas públicas brasileiras sofrem um déficit de 246 mil professores,
levadas em conta as necessidades do segundo ciclo do ensino fundamental
(5ª a 8ª séries) e do ensino médio. Faltam docentes graduados em
Licenciaturas de Física, Química e Matemática, principalmente. Seria preciso
contratar em caráter emergencial quase 250 mil professores, mas falta mãode-obra
qualificada.
A situação é mais grave nas disciplinas de física e química. Para atender à
demanda, o Ministério da Educação (MEC) deveria ter garantido a formação
de 55.231 professores de física na década de 1990. Mas só foram licenciados
7.216. Em química, a demanda era a mesma, mas a formação foi melhor:
13.559 graduados no período. Hoje, apenas 9% dos professores de física que
atuam nas escolas públicas brasileiras têm formação inicial nessa área.
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