O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno
O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno
O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
No presente estu<strong>do</strong> a quase totalida<strong>de</strong> da amostra (99,2%) era composta por<br />
mulheres <strong>de</strong> raça caucasiana, casadas ou a viver em união <strong>de</strong> facto (92,2%) e resi<strong>de</strong>ntes<br />
na sua maioria em área rural (57,0%).<br />
Não foram observadas relações estatisticamente significativas entre o esta<strong>do</strong> civil<br />
e a duração <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> ou entre o esta<strong>do</strong> civil e o tipo <strong>de</strong> alimentação <strong>do</strong><br />
lactente <strong>ao</strong> 1º,4º e 6º mês após o parto.<br />
Observou-se uma associação estatisticamente significativa entre a área <strong>de</strong><br />
residência e o tipo <strong>de</strong> alimentação <strong>do</strong> lactente <strong>ao</strong> 1º mês após o parto, associação que<br />
não se observou <strong>ao</strong> 4º e 6º mês.<br />
No estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>scritivo realiza<strong>do</strong> por Galvão (2005) com 607 pares mãe/bebé<br />
avalia<strong>do</strong>s durante três meses, as mães resi<strong>de</strong>ntes em meio rural foram as que mais<br />
prolongaram a amamentação <strong>do</strong>s seus filhos.<br />
No presente estu<strong>do</strong>, apenas 9,4% das participantes possuía formação académica<br />
superior e 43% da amostra não tinha a escolarida<strong>de</strong> mínima obrigatória.<br />
Des<strong>de</strong> 1993 71 a escolarida<strong>de</strong> mínima obrigatória no nosso país é <strong>de</strong> 9 anos. No<br />
entanto, Portugal <strong>de</strong>tém ainda um <strong>do</strong>s mais baixos níveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> e qualificação<br />
da Europa. Da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> INE relativos <strong>ao</strong> 1º trimestre <strong>de</strong> 2006 revelam que 71% da<br />
população empregada tinha apenas o ensino básico ou menos.<br />
Segun<strong>do</strong> Almeida (1996) o maior nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> nos países industrializa<strong>do</strong>s<br />
encontra-se associa<strong>do</strong> <strong>ao</strong> sucesso <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong>, da<strong>do</strong> que as mães<br />
amamentam mais e durante mais tempo, situação inversa à verificada nos países em<br />
<strong>de</strong>senvolvimento.<br />
No nosso estu<strong>do</strong> não se observou uma associação entre a escolarida<strong>de</strong> e a<br />
duração <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong>, resulta<strong>do</strong> concordante com o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Batalha (2004)<br />
e com o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>scritivo transversal efectua<strong>do</strong> por Lopes, Marques (2004) com uma<br />
amostra constituída por 197 mulheres, em que se <strong>de</strong>terminou a prevalência <strong>do</strong><br />
<strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> no distrito <strong>de</strong> Viana <strong>do</strong> Castelo à data da alta da maternida<strong>de</strong> e<br />
durante os primeiros seis meses <strong>de</strong> vida <strong>do</strong> lactente.<br />
Os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> nosso estu<strong>do</strong> não são concordantes com o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Sarafana,<br />
[et al.] (2006), no qual se observou uma relação estatisticamente significativa entre a<br />
amamentação e a escolarida<strong>de</strong>, com as mães <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> superior a amamentarem<br />
mais e durante mais tempo, bem como no estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Galvão (2005) em que foram as<br />
mães com maiores habilitações literárias que mais prolongaram a amamentação. De<br />
71 Decreto-lei nº301/93 <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Agosto.<br />
103