O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno
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imagina<strong>do</strong> que come a horas certas e cómodas e a<strong>do</strong>rmece às horas em que a mãe quer<br />
<strong>do</strong>rmir”.<br />
Aparentemente simples, esta orientação técnica po<strong>de</strong> no entanto causar<br />
insegurança nas mães que necessitam <strong>de</strong> um padrão orienta<strong>do</strong>r.<br />
A maioria <strong>do</strong>s bebés mama segun<strong>do</strong> as suas próprias exigências. Habitualmente,<br />
consomem pequenas quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leite nos primeiros dias <strong>de</strong> vida, aumentan<strong>do</strong> a sua<br />
ingestão progressivamente, coincidin<strong>do</strong> com o aumento <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> leite.<br />
Alguns bebés manifestam rui<strong>do</strong>samente a sua necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimento, outros<br />
manifestam-se excessivamente tranquilos; uns agarram no peito logo após o nascimento<br />
sem nenhum tipo <strong>de</strong> ajuda, outros pelo contrário necessitam <strong>de</strong>la para iniciar o<br />
comportamento alimentar.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> o bebé chora, cabe à mãe reconhecer o choro <strong>do</strong> seu filho,<br />
reconhecimento que no entanto é marca<strong>do</strong> pela subjectivida<strong>de</strong>.<br />
Assim, algumas mães interpretam sempre o choro <strong>do</strong> bebé como uma<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> este ser coloca<strong>do</strong> à mama, e outras ficam à espera <strong>de</strong> um pedi<strong>do</strong> claro<br />
por parte <strong>do</strong> bebé, apresentan<strong>do</strong> uma postura confusa quan<strong>do</strong> este não manifesta sinais<br />
<strong>de</strong> fome (Barros; Ferrari, 2003).<br />
diferentes.<br />
Cada mãe e recém-nasci<strong>do</strong> revelam pois um mun<strong>do</strong> próprio, com necessida<strong>de</strong>s<br />
Sen<strong>do</strong> este um perío<strong>do</strong> sensível à actuação <strong>de</strong> factores <strong>de</strong> confusão é importante<br />
que todas as pessoas que intervêm na assistência <strong>ao</strong> parto e pós parto não forneçam<br />
informações contraditórias que agravem a insegurança das mães.<br />
Dadas as características especiais <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong>s <strong>enfermeiro</strong>s (rotativida<strong>de</strong> e<br />
trabalho por turnos), é importante a uniformida<strong>de</strong> das informações fornecidas. Por este<br />
motivo, as orientações sobre <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> <strong>de</strong>vem existir nos serviços por escrito,<br />
permitin<strong>do</strong> <strong>ao</strong>s novos profissionais uma plena integração no serviço e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
uma consulta constante.<br />
Aos <strong>enfermeiro</strong>s exigem-se conhecimentos básicos sobre a anatomia e a fisiologia<br />
da lactação, conhecimentos sobre a forma <strong>de</strong> ajudar as mães a amamentarem e<br />
conhecimentos para intervir em problemas comuns que surjam na amamentação.<br />
Enfermeiros <strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong> Obstetrícia, incluin<strong>do</strong> Blocos <strong>de</strong> Partos e serviços <strong>de</strong><br />
Neonatologia e Pediatria têm especiais responsabilida<strong>de</strong>s. A sua intervenção junto das<br />
mães e familiares tem um <strong>papel</strong> <strong>de</strong>cisivo no sucesso da amamentação. Importa por isso<br />
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