O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno
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A amamentação po<strong>de</strong> continuar por vários anos após o nascimento. No entanto, a<br />
velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> leite diminui a partir <strong>do</strong>s 7 a 9 meses após o parto (Guyton,<br />
2002).<br />
Involução:<br />
Neste estágio ocorre o retorno da glândula mamária <strong>ao</strong> tamanho aproxima<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
perío<strong>do</strong> anterior à gravi<strong>de</strong>z.<br />
Segun<strong>do</strong> Mepham, cita<strong>do</strong> por Ferris; Reece (1992) este estágio é inicia<strong>do</strong> após o<br />
cessar da amamentação prolongan<strong>do</strong>-se até <strong>ao</strong> perío<strong>do</strong> pós menopausa, quan<strong>do</strong> ocorre<br />
a involução senil da mama.<br />
No caso da amamentação cessar, as mamas per<strong>de</strong>m a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produzir<br />
leite <strong>num</strong> perío<strong>do</strong> igual ou superior a 7 dias (Guyton, 2002).<br />
1.4 - CONTROLO HORMONAL DA LACTAÇÃO<br />
A <strong>de</strong>scida <strong>de</strong> estrogénios e progesterona após o nascimento <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ia os<br />
mecanismos hormonais responsáveis pela secreção <strong>de</strong> leite. Dentro <strong>de</strong> 3 a 4 dias após o<br />
parto, os níveis sanguíneos <strong>de</strong>stas hormonas serão suficientemente baixos,<br />
permanecen<strong>do</strong> a prolactina ainda em níveis eleva<strong>do</strong>s. Estes eventos hormonais<br />
discordantes originam o <strong>de</strong>sbloqueio funcional à produção <strong>de</strong> leite e o início da secreção<br />
láctea 6 .<br />
A prolactina, principal hormona envolvida na biossíntese <strong>do</strong> leite é segregada pela<br />
hipófise materna <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a 5ª semana <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z, elevan<strong>do</strong>-se progressivamente o seu<br />
nível sanguíneo até <strong>ao</strong> parto, momento em que atinge níveis 10 vezes superiores <strong>ao</strong><br />
valor normal <strong>de</strong> uma mulher não grávida.<br />
Após o nascimento ocorre uma <strong>de</strong>scida progressiva na sua secreção. No entanto,<br />
sempre que o recém-nasci<strong>do</strong> mama, a prolactina é libertada <strong>de</strong> forma pulsátil graças a<br />
um reflexo neuro-endócrino inicia<strong>do</strong> nas terminações nervosas <strong>do</strong> mamilo.<br />
Durante a noite e durante o sono a secreção <strong>de</strong> prolactina aumenta<br />
acentuadamente. Por este motivo é importante manter a produção <strong>de</strong> leite amamentan<strong>do</strong><br />
nas 24 horas, sem gran<strong>de</strong>s intervalos nocturnos.<br />
A secreção <strong>de</strong> prolactina cria também uma sensação <strong>de</strong> calma e relaxamento<br />
<strong>materno</strong> melhoran<strong>do</strong> o <strong>de</strong>scanso da mãe, mesmo que amamente durante a noite (Levy;<br />
Bértolo, 2002; Kenner, 2001).<br />
6 Ausência <strong>de</strong> lactação nos primeiros 7 dias após o parto po<strong>de</strong> ser o primeiro sinal <strong>do</strong> síndrome <strong>de</strong> Sheehan<br />
(hipopituitarismo por enfarto intraparto da hipófise) (Speroff; Glass; Kase, 1991).<br />
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