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O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno

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especialmente no que se refere à função da memória e à atenção” efeito este causa<strong>do</strong><br />

pelo stress <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong> parto e parto. Ao não ser um efeito secundário <strong>de</strong> medicação<br />

narcótica intra-parto, importa consi<strong>de</strong>rar tal facto quan<strong>do</strong> se efectuam ensinos neste<br />

perío<strong>do</strong>.<br />

Instruções por escrito, visionamento <strong>de</strong> filmes e sessões programadas <strong>de</strong><br />

educação po<strong>de</strong>rão ser oferecidas pelos profissionais, bem como o contacto <strong>do</strong>s recursos<br />

disponíveis após a alta hospitalar para apoio da lactação (contactos telefónicos e<br />

direcções <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, linhas telefónicas 55 e grupos <strong>de</strong> apoio à amamentação).<br />

O apoio constante da<strong>do</strong> pela equipa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> favorece a autoconfiança da mãe e<br />

proporciona uma experiência <strong>de</strong> amamentação satisfatória e bem sucedida (Low<strong>de</strong>rmilk;<br />

Perry; Bobak, 2002).<br />

Durante o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> internamento hospitalar, mãe e recém-nasci<strong>do</strong> permanecem<br />

habitualmente em situação <strong>de</strong> alojamento conjunto, permitin<strong>do</strong> um contacto contínuo<br />

entre mãe e filho, sem limitações, prática favorece<strong>do</strong>ra da amamentação. O alojamento<br />

conjunto constitui uma forma eficiente <strong>de</strong> incentivar a mãe a cuidar <strong>do</strong> seu filho, <strong>de</strong><br />

partilhar dificulda<strong>de</strong>s com a equipa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> permitir que esta coloque questões e<br />

seja esclarecida.<br />

O cuida<strong>do</strong> <strong>do</strong> recém-nasci<strong>do</strong> é partilha<strong>do</strong> entre a mãe e <strong>enfermeiro</strong>s que prestam<br />

cuida<strong>do</strong>s a ambos e supervisionam os cuida<strong>do</strong>s presta<strong>do</strong>s pela mãe <strong>ao</strong> seu filho.<br />

Actualmente, o tempo <strong>de</strong> hospitalização <strong>de</strong> mães e recém nasci<strong>do</strong>s após o parto é<br />

reduzi<strong>do</strong> 56 a cerca <strong>de</strong> 48 a 72 horas, tempo que se revela frequentemente insuficiente<br />

para a mãe apreen<strong>de</strong>r toda a informação necessária para o cuida<strong>do</strong> <strong>do</strong> bebé.<br />

Se as mães superarem as pequenas dificulda<strong>de</strong>s iniciais no hospital e no<br />

momento da alta amamentarem sem dificulda<strong>de</strong>s, o regresso a casa não apresentará<br />

problemas. No entanto, habitualmente as mães regressam <strong>ao</strong>s seus <strong>do</strong>micílios antes <strong>de</strong><br />

a lactação estar bem estabelecida, e necessitam por isso <strong>de</strong> acompanhamento e <strong>de</strong><br />

atendimento <strong>do</strong>miciliar.<br />

No senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> articular os cuida<strong>do</strong>s <strong>do</strong> serviço hospitalar e os cuida<strong>do</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

primários, <strong>de</strong>vem os profissionais <strong>de</strong> enfermagem elaborar a respectiva carta <strong>de</strong> alta <strong>de</strong><br />

enfermagem. Fornecen<strong>do</strong> informações pertinentes e importantes respeitantes à mãe e<br />

recém-nasci<strong>do</strong>, a equipa <strong>de</strong> enfermagem assegura assim a continuida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s<br />

inicia<strong>do</strong>s na instituição hospitalar.<br />

55 A linha SOS amamentação existe em Portugal <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998 e funciona 24 horas por dia. O atendimento telefónico é feito<br />

por voluntários que tiveram formação em <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> segun<strong>do</strong> orientações da OMS e UNICEF.<br />

56 Esta redução no tempo <strong>de</strong> internamento é fruto da transição <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> à mulher <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo orienta<strong>do</strong> para o cuida<strong>do</strong><br />

à <strong>do</strong>ença, para uma abordagem <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> orienta<strong>do</strong> para a saú<strong>de</strong> (Low<strong>de</strong>rmilk; Perry; Bobak, 2002).<br />

56

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