O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno
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1.7 - IMPORTÂNCIA DO LEITE MATERNO<br />
O leite humano apresenta-se como o alimento i<strong>de</strong>al para a nutrição infantil<br />
principalmente nos primeiros meses <strong>de</strong> vida da criança, mas as suas vantagens<br />
ultrapassam a esfera da saú<strong>de</strong> infantil, porque não é apenas a criança que beneficia com<br />
a amamentação, mas também a mãe e a própria socieda<strong>de</strong>.<br />
Basea<strong>do</strong> em evidência científica acumulada nos últimos anos são atribuídas<br />
vantagens <strong>ao</strong> leite <strong>materno</strong>, nomeadamente referentes à saú<strong>de</strong> infantil a curto, médio e<br />
longo prazo.<br />
O leite <strong>materno</strong> beneficia a criança <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nascimento, prolongan<strong>do</strong>-se os seus<br />
efeitos durante anos após se ter produzi<strong>do</strong> o <strong>de</strong>smame, pelo que não <strong>de</strong>verá ser apenas<br />
uma alternativa, mas a primeira escolha para a alimentação infantil.<br />
Conhecer os problemas ou prejuízos causa<strong>do</strong>s pelo <strong>aleitamento</strong> artificial e os<br />
benefícios <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> parece-nos o melhor argumento para que os<br />
profissionais implica<strong>do</strong>s na assistência a mães e crianças se envolvam na promoção e no<br />
apoio à prática <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong>.<br />
Actualmente, existe evidência científica suficiente para afirmar que crianças que<br />
não usufruíram <strong>do</strong> leite <strong>materno</strong> apresentam mais <strong>do</strong>enças, <strong>de</strong> maior duração e mais<br />
graves quan<strong>do</strong> comparadas com crianças que usufruíram <strong>de</strong>le.<br />
Parece que a alimentação com fórmulas aumenta o risco <strong>de</strong> morte súbita <strong>do</strong><br />
lactente, a mortalida<strong>de</strong> pós neonatal durante o primeiro ano <strong>de</strong> vida nos países<br />
<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s e a mortalida<strong>de</strong> infantil nas crianças menores <strong>de</strong> 3 anos (Chen; Rogan,<br />
2004).<br />
Lactentes alimenta<strong>do</strong>s com fórmulas têm mais processos infecciosos e mais<br />
graves, que originam mais hospitalizações, quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s com crianças<br />
alimentadas exclusivamente com leite <strong>materno</strong> (López-Alarcón; Villalpan<strong>do</strong>; Fajar<strong>do</strong>,<br />
1997; Reyes [et al.], 1997; Kramer [et al.], 2001; Cushing [et al.], 1998). Crianças<br />
alimentadas com fórmulas apresentam maior nível <strong>de</strong> risco cardiovascular <strong>ao</strong>s 13 anos e<br />
valores mais eleva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> tensão arterial na ida<strong>de</strong> adulta (Singhal [et al.], 2004; Martin [et<br />
al.], 2005).<br />
De igual mo<strong>do</strong> crianças <strong>de</strong> famílias com risco <strong>de</strong> alergia, quan<strong>do</strong> não<br />
amamentadas, parecem <strong>de</strong>senvolver com mais frequência <strong>de</strong>rmatites atópicas,<br />
problemas respiratórios e asma (Gdalevich [et al.], 2001; Gdalevich [et al.]·, 2001;<br />
Hanson [et al.], 2003).<br />
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