O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno
O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno
O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
A área geográfica servida pelo Centro Hospitalar Médio Ave compreen<strong>de</strong> o Vale<br />
<strong>do</strong> Ave, região industrial por tradição, com eleva<strong>do</strong> número <strong>de</strong> pequenas e médias<br />
empresas <strong>do</strong> sector têxtil, vestuário e calça<strong>do</strong>, que ocupa o 2º lugar na região Norte<br />
relativamente <strong>ao</strong> número <strong>de</strong> empresas, possuin<strong>do</strong> uma taxa <strong>de</strong> população activa <strong>de</strong><br />
51,8%, taxa mais alta que a da região Norte e superior à média nacional.<br />
Os gran<strong>de</strong>s emprega<strong>do</strong>res da mão-<strong>de</strong>-obra feminina (têxtil, vestuário e calça<strong>do</strong>)<br />
encontram-se hoje fortemente ameaça<strong>do</strong>s ou em claro <strong>de</strong>clínio por factores conjecturais,<br />
o que se traduz <strong>num</strong>a realida<strong>de</strong> particularmente difícil para o emprego feminino, visível na<br />
população estudada.<br />
No estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego é <strong>de</strong> 16%, quase o <strong>do</strong>bro da taxa<br />
nacional <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego <strong>do</strong> sexo feminino apresentada pelo INE <strong>de</strong> 8,6% e relativa <strong>ao</strong> 1º<br />
trimestre <strong>de</strong> 2005, o que nos parece revela<strong>do</strong>r <strong>do</strong> anteriormente exposto.<br />
A priorida<strong>de</strong> atribuída à Saú<strong>de</strong> Materna e Infantil pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong>terminou a publicação por este organismo <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentos normativos que visam<br />
promover a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s nesta área.<br />
A realização <strong>de</strong> esquemas <strong>de</strong> vigilância da gravi<strong>de</strong>z consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s é<br />
um <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res na área da saú<strong>de</strong> materna que se tem revela<strong>do</strong> responsável pela<br />
redução da mortalida<strong>de</strong> materna e perinatal, juntamente com a melhoria <strong>do</strong> nível sócio<br />
económico e <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> disponíveis (Ministério da Saú<strong>de</strong>, 2002).<br />
No nosso estu<strong>do</strong>, a quase totalida<strong>de</strong> da população em estu<strong>do</strong> (99,2%) efectuou<br />
vigilância da gravi<strong>de</strong>z, e a maioria das participantes <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> (89,0%) iniciou a vigilância<br />
pré natal no 1º trimestre.<br />
Os valores são superiores à realida<strong>de</strong> nacional apresentada pelo Ministério da<br />
Saú<strong>de</strong>, o que nos parece revelar uma sensibilida<strong>de</strong> da população em estu<strong>do</strong> para a<br />
importância da vigilância da gravi<strong>de</strong>z.<br />
Salienta-se ainda nos resulta<strong>do</strong>s encontra<strong>do</strong>s o facto <strong>de</strong> a maioria das<br />
participantes (61,8%) ter efectua<strong>do</strong> o maior número <strong>de</strong> consultas em estabelecimentos <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> priva<strong>do</strong>s, em relação a estabelecimentos <strong>do</strong> Serviço Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (Centro <strong>de</strong><br />
Saú<strong>de</strong> e Consulta Hospitalar).<br />
Embora não se tenham verifica<strong>do</strong> associações entre o local <strong>de</strong> realização da<br />
vigilância pré natal e a duração <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> e entre o local <strong>de</strong> realização da<br />
vigilância pré natal e o tipo <strong>de</strong> alimentação realizada pelo lactente <strong>ao</strong> 1º, 4º e 6º mês após<br />
o parto, os resulta<strong>do</strong>s são no entanto em nosso enten<strong>de</strong>r merece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> reflexão.<br />
105