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O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno

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igual mo<strong>do</strong> no estu<strong>do</strong> prospectivo realiza<strong>do</strong> por Branco [et al.]·(2004) com o objectivo <strong>de</strong><br />

avaliar a eficácia <strong>de</strong> práticas/atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> suporte <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> bem como a<br />

prevalência da amamentação no 1º, 3º e 6º mês e foram as mães possui<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> curso<br />

médio que amamentaram mais tempo.<br />

Em Portugal, a taxa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> feminina ultrapassa a média europeia, com um<br />

<strong>do</strong>s valores mais eleva<strong>do</strong>s da Europa Comunitária. O nosso país é também o esta<strong>do</strong><br />

membro da União Europeia (UE) on<strong>de</strong> as mães com filhos até <strong>ao</strong>s 10 anos trabalham<br />

mais horas.<br />

A modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho pre<strong>do</strong>minante na população feminina portuguesa em<br />

relação a outras realida<strong>de</strong>s europeias, é o trabalho a tempo inteiro, que atinge valores da<br />

or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s 80%. Salienta-se ainda a fraca taxa <strong>de</strong> emprego feminino a tempo parcial com<br />

um valor <strong>de</strong> apenas 8,2%, quan<strong>do</strong> a média da UE é <strong>de</strong> 17,2%.<br />

No presente estu<strong>do</strong> a maioria (75,8%) das participantes exercia uma activida<strong>de</strong><br />

profissional e <strong>de</strong>stas, 84,0% trabalhava fora <strong>de</strong> casa e a tempo inteiro.<br />

Não foram observadas associações entre o exercício <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> profissional e<br />

a duração <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong>, bem como entre o local <strong>de</strong> exercício da activida<strong>de</strong><br />

profissional e a duração <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong>.<br />

No entanto, observou-se uma associação entre a activida<strong>de</strong> profissional e o tipo<br />

<strong>de</strong> alimentação <strong>do</strong> lactente no 1º mês após o parto, associação que não se verificou <strong>ao</strong> 4º<br />

e 6º mês.<br />

Em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> não se ter efectua<strong>do</strong> uma caracterização da amostra por níveis<br />

profissionais, não foi avaliada a associação entre o nível profissional e a duração <strong>do</strong><br />

<strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong>, o que consi<strong>de</strong>ramos po<strong>de</strong>r ser uma limitação <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>.<br />

No entanto, na bibliografia consultada não se observou uma associação entre o<br />

nível profissional e a duração <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> (Lopes, Marques, 2004).<br />

Do total <strong>de</strong> 256 participantes no estu<strong>do</strong>, 146 situavam-se no grupo 7 – Operários,<br />

artífices e trabalha<strong>do</strong>res similares e grupo 9 -Trabalha<strong>do</strong>res não qualifica<strong>do</strong>s da<br />

Classificação Nacional <strong>de</strong> profissões.<br />

Esta realida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rá ser explicada pela incidência <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> saída precoce<br />

<strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> educação e formação para o merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho, originan<strong>do</strong> uma<br />

realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> emprego menos qualifica<strong>do</strong> 72 .<br />

72 Em 2005 o aban<strong>do</strong>no escolar prematuro da população portuguesa com ida<strong>de</strong> compreendida entre os 18 e os 24 anos foi<br />

<strong>de</strong> 38,6%, superior à média comunitária <strong>de</strong> 15,2%.<br />

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