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O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno

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INTRODUÇÃO<br />

O leite <strong>materno</strong> é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um alimento completo, possuin<strong>do</strong> vantagens<br />

nutricionais, <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m imunológica e psicológica que o tornam o alimento i<strong>de</strong>al para uma<br />

criança nos primeiros anos <strong>de</strong> vida.<br />

Ainda que a evidência científica acumulada avalie o leite humano como o i<strong>de</strong>al<br />

para a alimentação <strong>de</strong> recém nasci<strong>do</strong>s e lactentes, a OMS (2002) estima que em to<strong>do</strong> o<br />

mun<strong>do</strong> apenas um terço <strong>do</strong>s lactentes sejam alimenta<strong>do</strong>s exclusivamente com leite<br />

<strong>materno</strong> nos primeiros quatro meses <strong>de</strong> vida.<br />

Em Portugal, os estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s sugerem que a maioria das mães <strong>de</strong>ci<strong>de</strong><br />

amamentar, verifican<strong>do</strong>-se elevadas percentagens <strong>de</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> à saída da<br />

maternida<strong>de</strong>. No entanto, a duração e consequente aban<strong>do</strong>no <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong><br />

parece ser o principal problema da sua prática, verifican<strong>do</strong>-se ainda que os números da<br />

realida<strong>de</strong> portuguesa em relação <strong>ao</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> exclusivo se encontram<br />

negativamente afasta<strong>do</strong>s da recomendação da OMS.<br />

Amamentar é uma técnica que exige aprendizagem e prática e nem sempre é<br />

fácil o seu início. Ao longo <strong>de</strong> quase uma década a trabalhar na área da saú<strong>de</strong> materna e<br />

infantil e no apoio a mães que iniciam a sua experiência <strong>de</strong> amamentação após o parto,<br />

observamos as dificulda<strong>de</strong>s e as dúvidas muitas vezes verbalizadas pelas puérperas no<br />

momento da primeira mamada <strong>do</strong> recém-nasci<strong>do</strong>.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, as altas precoces que habitualmente se praticam, originam um<br />

regresso <strong>ao</strong> <strong>do</strong>micílio quan<strong>do</strong> a amamentação ainda não se encontra bem estabelecida,<br />

pelo que nos questionamos sobre a a<strong>de</strong>são <strong>ao</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> após a alta<br />

hospitalar e particularmente sobre o <strong>papel</strong> <strong>do</strong> <strong>enfermeiro</strong> no apoio e suporte da sua<br />

prática.<br />

Ten<strong>do</strong> em conta a importância <strong>do</strong> leite <strong>materno</strong> na saú<strong>de</strong> infantil, o <strong>aleitamento</strong><br />

<strong>materno</strong> exclusivo constitui para a OMS uma recomendação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública, pelo que<br />

este estu<strong>do</strong> se revela importante <strong>ao</strong> estudar a a<strong>de</strong>são <strong>ao</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> e o <strong>papel</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>enfermeiro</strong> na promoção e apoio <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong>.<br />

Conhecer a realida<strong>de</strong> sobre a qual os <strong>enfermeiro</strong>s exercem a sua activida<strong>de</strong><br />

parece-nos pertinente face à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estes profissionais investigarem as suas<br />

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