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O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno

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2.5.2 - Intervenção <strong>do</strong> <strong>enfermeiro</strong> no apoio à prática <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong><br />

Portugal possui actualmente uma elevada taxa <strong>de</strong> partos realiza<strong>do</strong>s em<br />

instituições hospitalares 52 (públicas e privadas), pelo que o <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> se inicia<br />

habitualmente no próprio hospital.<br />

Os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e particularmente os <strong>enfermeiro</strong>s, porque têm um maior<br />

contacto com as mães, têm assim a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoiar e ajudar as mães a<br />

iniciarem o <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> e a superar as primeiras dificulda<strong>de</strong>s, fornecen<strong>do</strong><br />

orientação eficiente e actualizada transmitida com simpatia e paciência.<br />

Embora o trabalho <strong>de</strong> parto e o nascimento sejam acontecimentos previsíveis na<br />

etapa final <strong>de</strong> uma gravi<strong>de</strong>z, e possam ser aparentemente simples, eles revestem-se <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> complexida<strong>de</strong>, sen<strong>do</strong> o acontecimento físico <strong>de</strong> dar à luz tremen<strong>do</strong> e inesquecível<br />

e frequentemente mais intenso que o espera<strong>do</strong> (Colman; Colman, 1994).<br />

Num perío<strong>do</strong> relativamente curto, a mulher experimenta uma das mudanças mais<br />

profundas da sua vida, sen<strong>do</strong> a intervenção <strong>de</strong> enfermagem dirigida a auxiliar a mulher e<br />

o seu companheiro, na transição inicial para a maternida<strong>de</strong> e paternida<strong>de</strong> (Low<strong>de</strong>rmilk;<br />

Perry; Bobak, 2002).<br />

Nas primeiras duas horas após o parto mãe e recém-nasci<strong>do</strong> recuperam <strong>do</strong><br />

esforço físico dispendi<strong>do</strong>. Os órgãos <strong>materno</strong>s começam a readaptar-se <strong>ao</strong> esta<strong>do</strong> não<br />

grávi<strong>do</strong> e as funções maternas estabilizam. Por seu la<strong>do</strong>, o recém-nasci<strong>do</strong> continua a<br />

fazer a sua transição para a vida extra-uterina, iniciada imediatamente após a primeira<br />

inspiração.<br />

Neste perío<strong>do</strong>, a primeira meia hora <strong>de</strong> vida apresenta-se excelente para iniciar a<br />

amamentação, pois o recém-nasci<strong>do</strong> encontra-se no esta<strong>do</strong> alerta, com reflexos <strong>de</strong><br />

sucção e <strong>de</strong>glutição habitualmente vigorosos e a mãe geralmente ansiosa por<br />

estabelecer contacto físico com o seu filho (Low<strong>de</strong>rmilk; Perry; Bobak, 2002; OMS, 1989).<br />

Encorajar o contacto cutâneo entre mãe e recém-nasci<strong>do</strong> após o nascimento,<br />

colocan<strong>do</strong> o recém-nasci<strong>do</strong> nu sobre o ventre <strong>materno</strong>, ajudará não só a reforçar a<br />

ligação afectiva entre ambos, como permitirá que mãe e recém-nasci<strong>do</strong> iniciem e<br />

beneficiem das vantagens da amamentação.<br />

Favorecer o contacto precoce não invalida contu<strong>do</strong> que medidas assistenciais<br />

possam ser executadas, como secar o recém-nasci<strong>do</strong> e proce<strong>de</strong>r a uma avaliação<br />

52 Em 2005, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> INE, 108885 nascimentos ocorreram em meio hospitalar e apenas 481 ocorreram no<br />

<strong>do</strong>micílio.<br />

52

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