O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno
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Resulta<strong>do</strong>s concordantes com os resulta<strong>do</strong>s encontra<strong>do</strong>s nos estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Pinto,<br />
Pereira, Martins, (1995); Albuquerque [et al.], (1996), Alves [et al.], (1999); Pereira,<br />
(2002); Coutinho, Leal, (2005) e Sarafana [et al.], (2006);<br />
Quan<strong>do</strong> questionadas <strong>ao</strong> 4º mês sobre a introdução <strong>de</strong> LA, os principais motivos<br />
foram:”lactente não ficava satisfeito”, “diminuição da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leite” e leite secou”.<br />
Salienta-se ainda que apenas 7 participantes referiram o trabalho <strong>materno</strong> como motivo<br />
para a introdução <strong>de</strong> LA na alimentação <strong>do</strong> lactente.<br />
Os motivos invoca<strong>do</strong>s no nosso estu<strong>do</strong> relacionam-se com percepções maternas,<br />
que originam insegurança na puérpera, sen<strong>do</strong> questionável a efectiva necessida<strong>de</strong> da<br />
introdução <strong>do</strong> leite artificial.<br />
Segun<strong>do</strong> McLennan cita<strong>do</strong> por Coutinho, Leal, (2005), as mulheres po<strong>de</strong>m sentir-<br />
se culpabilizadas pelo aban<strong>do</strong>no precoce da amamentação, sen<strong>do</strong> por isso mais<br />
aceitável para elas basear a sua atitu<strong>de</strong> em razões não pessoais mas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da<br />
sua vonta<strong>de</strong> e controlo.<br />
Para Almeida (1996) é importante que a mãe tenha a percepção <strong>do</strong> controlo sobre<br />
a amamentação e confiança nas suas capacida<strong>de</strong>s em amamentar.<br />
Segun<strong>do</strong> a OMS (1989), uma das razões mais comuns para que as mães não<br />
consigam iniciar o <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong>, o interrompam prematuramente ou iniciem<br />
alimentação complementar antes <strong>de</strong> esta ser nutricionalmente necessária, pren<strong>de</strong>-se com<br />
a ansieda<strong>de</strong> associada <strong>ao</strong> me<strong>do</strong> não fundamenta<strong>do</strong> <strong>de</strong> não ter leite suficiente.<br />
Salienta-se ainda a elevada percentagem <strong>de</strong> participantes (52,0%) que afirmou ter<br />
ti<strong>do</strong> dificulda<strong>de</strong>s/problemas associa<strong>do</strong>s <strong>ao</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> durante o primeiro mês<br />
após o parto.<br />
As principais dificulda<strong>de</strong>s/problemas invoca<strong>do</strong>s relacionaram-se com: “mamilos<br />
greta<strong>do</strong>s”, “recém-nasci<strong>do</strong> chorava com fome”, “seios túrgi<strong>do</strong>s/subida <strong>do</strong> leite” e<br />
“diminuição da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leite”, dificulda<strong>de</strong>s que geram insegurança na capacida<strong>de</strong><br />
materna em amamentar.<br />
Quan<strong>do</strong> questiona<strong>do</strong> o recurso utiliza<strong>do</strong> para solucionar as dificulda<strong>de</strong>s/problemas<br />
sentidas pelas participantes salienta-se a figura <strong>do</strong> pediatra como o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
mais referi<strong>do</strong> pelas participantes.<br />
Os <strong>enfermeiro</strong>s foram referi<strong>do</strong>s por 22 participantes. Destes, 10 <strong>enfermeiro</strong>s<br />
exerciam funções no Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e 6 no Hospital, ten<strong>do</strong> as participantes referi<strong>do</strong><br />
contacto com estes últimos em situações <strong>de</strong> recurso <strong>ao</strong> Serviço <strong>de</strong> Urgência <strong>de</strong><br />
Obstetrícia.<br />
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