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O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno

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evelou não ter recebi<strong>do</strong> qualquer influência quanto à <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> amamentar e 93,5%<br />

afirmou mesmo não ter esta<strong>do</strong> nunca in<strong>de</strong>cisa sobre a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> amamentar.<br />

No presente estu<strong>do</strong> apenas 4,7% das participantes <strong>de</strong>cidiu amamentar por<br />

indicação <strong>do</strong>s profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, resulta<strong>do</strong>s que reforçam o senti<strong>do</strong> da <strong>de</strong>cisão<br />

pessoal <strong>de</strong> amamentar.<br />

Quan<strong>do</strong> questionadas sobre os motivos <strong>de</strong> se encontrarem a amamentar, as<br />

razões relacionadas com os benefícios <strong>do</strong> leite <strong>materno</strong> para a criança foram<br />

maioritariamente salientadas pelas participantes.<br />

O bem-estar da criança e a sua saú<strong>de</strong> foram as justificações encontradas: “ é<br />

mais saudável para o bebé”, “é o melhor leite” ou “ confere imunida<strong>de</strong> <strong>ao</strong> RN”,<br />

expressões que indicam que o foco da amamentação está centra<strong>do</strong> nas necessida<strong>de</strong>s da<br />

criança. Algumas participantes verbalizaram mesmo a amamentação como “a maior<br />

prova <strong>de</strong> amor” que estariam a dar <strong>ao</strong> seu filho.<br />

No estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> por Figueire<strong>do</strong> (2001), a amamentação foi consi<strong>de</strong>rada uma<br />

obrigação social pelas mães pertencentes a um nível educacional mais baixo, ten<strong>do</strong> as<br />

mães licenciadas consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> que as mulheres que não amamentavam eram<br />

socialmente discriminadas.<br />

No estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Coutinho e Leal (2005), 85,0% das mulheres revelaram uma atitu<strong>de</strong><br />

positiva em relação à amamentação, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> haver benefícios para mãe e criança.<br />

Ainda que para as mulheres da amostra a amamentação não fosse compatível com a<br />

vida profissional da mulher, e a consi<strong>de</strong>rassem condicionante da sua liberda<strong>de</strong>, a maioria<br />

consi<strong>de</strong>rou que todas as mulheres <strong>de</strong>veriam amamentar.<br />

Resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> por Bastos e Rocha (2000) com 218<br />

a<strong>do</strong>lescentes a fim <strong>de</strong> investigar os conhecimentos e atitu<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes<br />

escolariza<strong>do</strong>s face <strong>ao</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong>, i<strong>de</strong>ntificaram uma elevada percentagem <strong>de</strong><br />

factores centra<strong>do</strong>s na criança, verbaliza<strong>do</strong>s pelos a<strong>do</strong>lescentes como susceptíveis <strong>de</strong><br />

influenciar positivamente a <strong>de</strong>cisão futura <strong>de</strong> amamentar.<br />

No nosso estu<strong>do</strong> os motivos invoca<strong>do</strong>s para a continuação da amamentação<br />

encontraram-se também centra<strong>do</strong>s no bem-estar da criança.<br />

Face <strong>ao</strong> conhecimento actual das vantagens da amamentação para a saú<strong>de</strong> da<br />

mulher, não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> surpreen<strong>de</strong>r que apenas 29 participantes tenham referi<strong>do</strong> que se<br />

encontravam a amamentar ou pretendiam continuar a amamentar porque “é mais<br />

saudável para a mãe”.<br />

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