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O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno

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alimentares <strong>de</strong> muitos seres vivos relaciona<strong>do</strong>s com esta organização (Gomes-Pedro,<br />

1999).<br />

Como exemplo, Gomes-Pedro refere que “ (…) o comportamento <strong>do</strong> filho induz<br />

estádios <strong>materno</strong>s susceptíveis <strong>de</strong> provocar uma maior ejecção <strong>de</strong> leite” na mãe,<br />

fornecen<strong>do</strong> a amamentação “(…) evidências biológicas e psicológicas, hoje também<br />

conhecidas através da investigação, e que explicam muita da fenomenologia <strong>do</strong>s<br />

primórdios da vinculação” (1999, p.143).<br />

Para este autor, quan<strong>do</strong> uma mulher amamenta “(…) está inequivocamente a<br />

estimular um reflexo <strong>de</strong> sucção indispensável <strong>ao</strong> <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>amento <strong>de</strong> uma cascata <strong>de</strong><br />

mecanismos que geram, em última instância, comportamentos vincula<strong>do</strong>res” (1999,<br />

p.145), e a efectuar estratégias <strong>de</strong> estimulação precoce logo nas primeiras mamadas <strong>do</strong><br />

seu filho.<br />

Segun<strong>do</strong> Bowlby (1984), os bebés comportam-se <strong>de</strong> maneira especial em relação<br />

<strong>ao</strong>s seres humanos, <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong> que as mães também são propensas a comportar-<br />

se <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> especial em relação <strong>ao</strong>s bebés.<br />

Quan<strong>do</strong> a mãe aconchega o bebé <strong>ao</strong> colo para o amamentar estabelece-se um<br />

contacto visual face a face e uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o bebé usar a boca, as mãos e os pés<br />

para se agarrar à mãe. De uma forma recíproca inicia-se a interacção entre a mãe e o<br />

seu bebé (Bowlby, 1984).<br />

Almeida (1996) salienta a importância <strong>do</strong> contacto físico, da qualida<strong>de</strong> e <strong>do</strong> “<br />

timing” das transacções entre mãe e bebé durante a mamada. Para esta autora “ o<br />

sucesso <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> influencia a auto estima materna e o bem-estar <strong>do</strong> bebé,<br />

proporcionan<strong>do</strong> experiências gratificantes à día<strong>de</strong>” (1996, p.24).<br />

Ao proporcionar um momento único <strong>de</strong> contacto físico íntimo, a amamentação<br />

assegura não apenas a sobrevivência da criança, mas contribui para uma melhor<br />

vinculação e mais segura ligação entre mãe e filho.<br />

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