O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno
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Assim, importa conhecer as atitu<strong>de</strong>s e expectativas da grávida, da família e<br />
particularmente <strong>do</strong> mari<strong>do</strong> em relação <strong>ao</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong>, bem como as influências<br />
culturais, crenças e valores, experiências anteriores próprias e/ou <strong>de</strong> familiares ou<br />
amigas em relação <strong>ao</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong>.<br />
As possíveis reacções negativas <strong>do</strong> mari<strong>do</strong> à amamentação <strong>de</strong>verão ser<br />
prevenidas permitin<strong>do</strong> a ambos expressarem as suas opiniões, os seus me<strong>do</strong>s e<br />
sentimentos sobre a harmonia da relação conjugal. Se o mari<strong>do</strong> estiver bem informa<strong>do</strong> e<br />
apoiar a amamentação, será mais capaz <strong>de</strong> estimular e encorajar a amamentação<br />
(Lothrop, 2000).<br />
Priorida<strong>de</strong>s e responsabilida<strong>de</strong>s profissionais <strong>de</strong>verão também ser i<strong>de</strong>ntificadas,<br />
bem como a história <strong>de</strong> factores dietéticos (frequência, tipo e diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentos),<br />
história sócio-económica (estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> emprego, apoio <strong>de</strong> familiares e amigos) e<br />
história ocupacional (tipo <strong>de</strong> trabalho e local <strong>do</strong> mesmo). A existência <strong>de</strong> contra<br />
indicações para a prática <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> <strong>de</strong>verá também ser i<strong>de</strong>ntificada nesta<br />
primeira consulta pré natal Franco (2003).<br />
Intervenções educativas e <strong>de</strong> sensibilização para o <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> <strong>de</strong>verão<br />
ser realizadas, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser fornecidas informações sobre os benefícios <strong>do</strong> leite <strong>materno</strong><br />
(Levy, 2002; Vieira, 2002). As grávidas <strong>de</strong>verão ainda ser esclarecidas sobre a legislação<br />
vigente <strong>de</strong> protecção da maternida<strong>de</strong> e paternida<strong>de</strong>.<br />
É também importante <strong>de</strong>sfazer mitos e ajudar as mães a estabelecerem<br />
expectativas realistas sobre o <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong>. Uma visão romântica da<br />
amamentação po<strong>de</strong>rá originar uma rejeição perante o aparecimento das primeiras<br />
dificulda<strong>de</strong>s.<br />
Especial atenção <strong>de</strong>verá ser dada às primigestas e grávidas com experiências<br />
anteriores <strong>de</strong> insucesso ou <strong>de</strong> fracasso no <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> (Vieira, 2002).<br />
Nas situações em que a grávida não <strong>de</strong>seja amamentar, é importante que o<br />
<strong>enfermeiro</strong> se assegure que esta seja uma <strong>de</strong>cisão esclarecida e consciente, respeitan<strong>do</strong><br />
a <strong>de</strong>cisão da grávida.<br />
A avaliação inicial da grávida permitirá assim a recolha <strong>de</strong> informação que<br />
orientará o <strong>enfermeiro</strong> para a acção: acompanhar, informar e sinalizar as situações em<br />
que a grávida manifesta vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> amamentar (Franco, 2003).<br />
Uma orientação antecipada para a amamentação <strong>de</strong>verá ser fornecida pelo<br />
<strong>enfermeiro</strong>, visan<strong>do</strong> aumentar a segurança e tranquilida<strong>de</strong> da grávida, dada a sua<br />
importância para o sucesso da amamentação.<br />
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