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O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno

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No estu<strong>do</strong> “Uma observação sobre <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong>” realiza<strong>do</strong> pelo<br />

Observatório Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (ONSA, 2003) em que se exploraram os da<strong>do</strong>s sobre<br />

<strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> obti<strong>do</strong>s nos inquéritos nacionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> 95/96 e 98/99<br />

referentes a crianças com ida<strong>de</strong> igual ou inferior a 5 anos, embora se tivesse verifica<strong>do</strong><br />

um aumento <strong>de</strong> 3,5% no número <strong>de</strong> crianças que iniciaram o <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> entre<br />

os <strong>do</strong>is perío<strong>do</strong>s avalia<strong>do</strong>s, no final das 11 semanas eram amamentadas<br />

respectivamente 59,0% e 63,2% das crianças que iniciaram <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong>.<br />

No mesmo estu<strong>do</strong>, a introdução <strong>de</strong> leite artificial verificou-se antes <strong>do</strong>s 3 meses<br />

em ambos os inquéritos, ocorren<strong>do</strong> no entanto uma redução entre os <strong>do</strong>is perío<strong>do</strong>s<br />

(67,4% e 65,6%). Os resulta<strong>do</strong>s indicam ainda uma diminuição <strong>de</strong> 40,1% para 19,2% <strong>de</strong><br />

crianças que introduziram o biberão antes das 4 semanas.<br />

Embora anima<strong>do</strong>res, estes resulta<strong>do</strong>s revelam contu<strong>do</strong> que em relação <strong>ao</strong><br />

<strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> exclusivo os números da realida<strong>de</strong> portuguesa se encontram ainda<br />

afasta<strong>do</strong>s da recomendação da OMS (2001) para a prática <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong><br />

exclusivo e que a introdução precoce <strong>de</strong> LA embora tenha sofri<strong>do</strong> uma redução, é ainda<br />

hoje uma prática a necessitar <strong>de</strong> ser corrigida.<br />

No estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> salienta-se o acentua<strong>do</strong> aban<strong>do</strong>no <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong><br />

verifica<strong>do</strong> no 1º mês (20,2%) e principalmente nos primeiros quinze dias após o parto,<br />

resulta<strong>do</strong> concordante com a bibliografia consultada que indicava este perío<strong>do</strong> como<br />

crítico para o aban<strong>do</strong>no <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> (King, 1991) bem como a introdução<br />

precoce <strong>de</strong> LA que ocorreu após o parto durante o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> internamento hospitalar.<br />

Com base nos da<strong>do</strong>s recolhi<strong>do</strong>s no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> para a recolha <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s<br />

a introdução <strong>de</strong> LA ocorreu no mínimo <strong>ao</strong> 1º dia <strong>de</strong> vida <strong>do</strong> recém-nasci<strong>do</strong> e no máximo<br />

<strong>ao</strong>s 171 dias <strong>de</strong> vida <strong>do</strong> lactente<br />

Ainda que no final <strong>do</strong> 1º mês a maioria das participantes planeasse amamentar<br />

após os seis meses, <strong>ao</strong> 4º mês encontravam-se a amamentar 64,5%, e <strong>de</strong>stas apenas<br />

42,5% em <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> exclusivo, percentagem que <strong>de</strong>sceu para 14,7% <strong>ao</strong> 6º<br />

mês.<br />

Ao 6º mês, 56,0% alimentava o lactente com LM e alimentos complementares da<br />

dieta infantil (papa, sopa e fruta), número que po<strong>de</strong>rá ser explica<strong>do</strong> pelo facto <strong>de</strong> <strong>ao</strong>s seis<br />

meses as mães já se encontrarem a trabalhar após o gozo da licença <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong>,<br />

conseguin<strong>do</strong> no entanto conciliar emprego e amamentação, introduzin<strong>do</strong> alimentos<br />

complementares na dieta infantil.<br />

Embora os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> nosso estu<strong>do</strong> sejam em relação <strong>ao</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong><br />

superiores <strong>ao</strong> valor da meta traçada pelo Ministério da Saú<strong>de</strong> para 2010, são contu<strong>do</strong> em<br />

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