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O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno

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necessitam <strong>de</strong> conhecer a problemática da mulher-mãe trabalha<strong>do</strong>ra 61 e os seus<br />

problemas específicos.<br />

Segun<strong>do</strong> Marinho, Leal “o apoio que os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m prestar<br />

passa também por enquadrar o <strong>aleitamento</strong> na realida<strong>de</strong> individual <strong>de</strong> cada mãe e bebé<br />

(…)” (2004, p.103).<br />

Neste senti<strong>do</strong>, o conhecimento <strong>de</strong> cada caso torna-se fundamental, para que o<br />

profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> possa apoiar a continuação da amamentação.<br />

É importante que a mulher saiba que é possível manter a lactação ainda que se<br />

encontre separada <strong>do</strong> bebé, pelo que o regresso <strong>ao</strong> trabalho não resulta<br />

necessariamente no final da amamentação.<br />

Horários reduzi<strong>do</strong>s ou flexíveis, a existência <strong>de</strong> infantários nas empresas ou levar<br />

a criança <strong>ao</strong> local <strong>de</strong> trabalho para amamentar po<strong>de</strong>m tornar possível a continuação da<br />

amamentação, sen<strong>do</strong> possibilida<strong>de</strong>s a equacionar pelo profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com as<br />

mães.<br />

Informações sobre a forma <strong>de</strong> manter a produção <strong>de</strong> leite, sobre técnicas <strong>de</strong><br />

extracção, conservação e administração <strong>de</strong> leite <strong>materno</strong> extraí<strong>do</strong> po<strong>de</strong>m ser úteis e<br />

<strong>de</strong>vem também ser fornecidas às mães.<br />

Se conseguirem continuar a amamentar após um dia <strong>de</strong> trabalho, no regresso a<br />

casa, a amamentação proporcionará uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intensificar uma proximida<strong>de</strong><br />

entre mãe e filho (Brazelton, 2005), <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser realça<strong>do</strong>s os benefícios para ambos.<br />

No entanto, as situações <strong>de</strong> remuneração por produção, as distâncias entre o<br />

local <strong>de</strong> trabalho e a casa e a inexistência <strong>de</strong> creches nas empresas po<strong>de</strong>m fazer com<br />

que a legislação se torne apenas uma simples constatação verbal (Lothrop, 2000).<br />

Amamentar é um direito que a socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve reconhecer às mães e crianças.<br />

Aos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e nomeadamente <strong>ao</strong>s <strong>enfermeiro</strong>s compete <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a<br />

sua prática: informan<strong>do</strong>, orientan<strong>do</strong>, aconselhan<strong>do</strong> e ajudan<strong>do</strong> mães e famílias, para que<br />

a prática da amamentação resulte <strong>num</strong> prazer e <strong>num</strong>a conduta promotora <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Compete também <strong>ao</strong>s <strong>enfermeiro</strong>s reconhecer o que não sabem e apren<strong>de</strong>r, para<br />

po<strong>de</strong>rem efectivamente ajudar as mães e os seus filhos.<br />

Num esforço conjunto to<strong>do</strong>s terão que se envolver nesta conquista <strong>de</strong> uma cultura<br />

perdida <strong>de</strong> amamentação: através da educação da população em geral sobre o valor <strong>do</strong><br />

61 Em 2004 a taxa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> feminina em Portugal foi <strong>de</strong> 46,7%. Entre 1995 e 2004, a taxa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> feminina<br />

cresceu 4,3 pontos percentuais face a um crescimento da taxa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> masculina <strong>de</strong> 2,7 pontos percentuais (INE,<br />

2007).<br />

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