O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno
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Estes resulta<strong>do</strong>s não são concordantes com os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Sarafana<br />
[et al], (2006), on<strong>de</strong> os livros e revistas foram referi<strong>do</strong>s como o principal agente da acção<br />
educativa apenas por 2% da amostra.<br />
Os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> são no entanto concordantes com os resulta<strong>do</strong>s<br />
encontra<strong>do</strong>s no estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Figueire<strong>do</strong> (2001), em que a informação obtida sobre<br />
<strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> durante e após a gravi<strong>de</strong>z através <strong>de</strong> livros e revistas foi<br />
consi<strong>de</strong>rada mais satisfatória <strong>do</strong> que a obtida junto <strong>do</strong> profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (médico<br />
particular).<br />
Segun<strong>do</strong> Pinto, Pereira, Martins (1995), a acção <strong>do</strong>s profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
parece ser insuficiente e mesmo inferior à exercida por amigos, família e mass-media na<br />
modulação <strong>de</strong> comportamentos em prol <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong>.<br />
No presente estu<strong>do</strong> não se observou associação entre o local <strong>de</strong> realização <strong>do</strong><br />
maior número <strong>de</strong> consultas e a principal fonte <strong>de</strong> formação/informação sobre <strong>aleitamento</strong><br />
<strong>materno</strong>.<br />
Resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> transversal realiza<strong>do</strong> por Oliveira, Valente (1999) com<br />
50 recém nasci<strong>do</strong>s, com o objectivo <strong>de</strong> avaliar a a<strong>de</strong>são <strong>ao</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> no<br />
perío<strong>do</strong> neonatal (avaliação efectuada na 3ª semana <strong>de</strong> vida), mostraram que informação<br />
prévia sobre <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> tinha si<strong>do</strong> fornecida a 75,0% e 62,0% das mães que<br />
tinham efectua<strong>do</strong> a sua vigilância pré natal respectivamente no Hospital e médico<br />
particular. Das mães que efectuaram a sua vigilância pré natal no Centro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
apenas 38,0% referiu ter recebi<strong>do</strong> informação prévia sobre <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong>.<br />
Investigação citada por Marinho e Leal (2004) revela que as atitu<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s técnicos<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> exercem influência na <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> amamentar (Kistin [et al], 1990; Reifff,<br />
Essock-Vitale, 1985).<br />
Os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong> indicam que 94,1% das participantes <strong>de</strong>cidiu<br />
amamentar por iniciativa própria, ten<strong>do</strong> a maioria (65,2%) <strong>de</strong>cidi<strong>do</strong> amamentar antes da<br />
gravi<strong>de</strong>z, resulta<strong>do</strong>s concordantes com a bibliografia consultada (Almeida, 1996; Royal<br />
College of Midwives, 1994).<br />
Não se observou uma associação entre o momento da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> amamentar e a<br />
duração <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> <strong>ao</strong> 4º mês, observan<strong>do</strong>-se no entanto esta associação<br />
<strong>ao</strong> 1º e 6º mês.<br />
Num estu<strong>do</strong> exploratório realiza<strong>do</strong> por Coutinho e Leal (2005) com 460 mulheres<br />
sobre as atitu<strong>de</strong>s das mulheres em relação à amamentação, 82,7% das participantes<br />
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