O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno
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gran<strong>de</strong>s diferenças entre unida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> sector público e priva<strong>do</strong>, com estes últimos a ter<br />
valores superiores <strong>ao</strong> <strong>do</strong>bro das instituições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> públicas.<br />
Ainda que o tipo <strong>de</strong> parto não se tenha associa<strong>do</strong> à duração <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong><br />
<strong>materno</strong>, resulta<strong>do</strong>s concordantes com o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Lopes, Marques (2004), observamos<br />
uma relação estatisticamente significativa entre o tipo <strong>de</strong> parto e o tipo <strong>de</strong> alimentação <strong>do</strong><br />
lactente <strong>ao</strong> 4º mês.<br />
Das 256 participantes no estu<strong>do</strong>, 42,6% tinha já um ou mais filhos. Quan<strong>do</strong><br />
questionadas sobre a alimentação realizada por esses filhos <strong>ao</strong>s 4 e 6 meses <strong>de</strong> vida,<br />
obtiveram-se valores <strong>de</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> exclusivo <strong>ao</strong>s 4 meses <strong>de</strong> 46,8%, valor que<br />
<strong>de</strong>sceu para 12,8% <strong>ao</strong>s 6 meses.<br />
Nestes resulta<strong>do</strong>s há a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viés <strong>de</strong> memória, pelo facto <strong>de</strong> serem<br />
condiciona<strong>do</strong>s pela memória das participantes. No entanto, pensamos que serão todavia<br />
esclarece<strong>do</strong>res sobre a temática estudada.<br />
Não se observaram associações entre a parida<strong>de</strong> e a duração <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong><br />
<strong>materno</strong> nem entre a parida<strong>de</strong> e o tipo <strong>de</strong> alimentação realizada pelo lactente <strong>ao</strong> 1º, 4º e<br />
6º mês.<br />
Estes resulta<strong>do</strong>s não são concordantes com o estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> por Lopes,<br />
Marques (2004) no qual se observou uma associação entre a parida<strong>de</strong> e a duração <strong>do</strong><br />
<strong>aleitamento</strong>, sen<strong>do</strong> a duração da amamentação superior nas mulheres com um ou mais<br />
filhos. No estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Branco [et al], (2004) foram as mães primíparas que amamentaram<br />
durante mais tempo.<br />
Os resulta<strong>do</strong>s da a<strong>de</strong>são <strong>ao</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong> são<br />
concordantes com os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> diferentes estu<strong>do</strong>s portugueses, indican<strong>do</strong> uma<br />
elevada incidência <strong>do</strong> <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> <strong>ao</strong> nascimento ocorren<strong>do</strong> uma diminuição<br />
acentuada no final <strong>do</strong> 1º mês com introdução precoce <strong>de</strong> LA, situação que se iniciou em<br />
eleva<strong>do</strong> número ainda no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> internamento hospitalar.<br />
No final <strong>do</strong> 1º mês, 20,5% (50) já não amamentava, ten<strong>do</strong> a maioria <strong>de</strong>stas<br />
participantes (37), aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> o <strong>aleitamento</strong> <strong>materno</strong> nos primeiros 15 dias <strong>de</strong> vida <strong>do</strong><br />
recém-nasci<strong>do</strong>.<br />
Quan<strong>do</strong> questiona<strong>do</strong>s <strong>ao</strong> 1º mês após o parto os motivos para a introdução <strong>de</strong> LA<br />
no <strong>do</strong>micílio, as participantes no estu<strong>do</strong> referiram como principais motivos: “RN chorava<br />
com fome”, “leite fraco” ou “pouco leite” e “RN não ficava satisfeito”.<br />
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