Monografia - Faculdade de Comunicação da UFBA - Universidade ...

em se tratando do preservativo. As primeiras campanhas ANTI­AIDS
veiculavam a informação de que a AIDS tinha a ver com “grupos de
risco”, ou seja, era problema de gays, prostitutas e drogados, estes
elementos, sim, deveriam recorrer ao preservativo. O processo de
identificação da AIDS com grupos marginalizados repercutiu muito
negativamente. Ninguém deseja se identificar com elementos excluídos.
A maior parte das pessoas não se imagina pertencente a quaisquer dos
grupos de risco. A possibilidade de se aspirar pertencimento a grupos
marginais inexiste.
O uso da camisinha é uma escolha pessoal e íntima, portanto, não
declarada publicamente. A opção pelo sexo seguro só diz respeito ao
indivíduo e seu(sua) parceiro(a). Desta forma, a valorização do
usuário ou motivação pela sua escolha é fruto da sua sensibilização.
Inexiste “ ostentação pública ” em se utilizar preservativo, tão
pouco “ valor de comunicação” de acordo com a marca escolhida. Qual o
status revelado por quem porta um “ Olla” ou Jontex na carteira?
Ao passo que, a aquisição de uma calça da “ Zoomp”, por exemplo,
informa aos outros sobre você ( poder aquisitivo, gosto refinado
etc). Funciona como um certificado de pertencimento a um grupo
seleto, afinal não são muitas as pessoas que têm condições de
desembolsar um salário mínimo por um jeans.
3.1.6 O PROCESSO DE SIGNIFICAÇÃO DA IMAGEM
112 Brasil. Ministério da Saúde.1997. Op cit., p 31.
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