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Monografia - Faculdade de Comunicação da UFBA - Universidade ...

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­“Que na<strong>da</strong>, chefia, é que hoje eu tô a fim <strong>de</strong> variar um pouquinho!” A<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> varie<strong>da</strong><strong>de</strong> erótica já fôra <strong>de</strong>tecta<strong>da</strong> por teóricos como<br />

Ellis, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século passado. A criativi<strong>da</strong><strong>de</strong> necessária para se ter<br />

uma vi<strong>da</strong> sexual prazerosa é a mesma que costumamos exercitar para que<br />

a nossa vi<strong>da</strong> cotidiana não se transforme numa entediante rotina.<br />

“Fazer papai e mamãe sempre <strong>de</strong>ve ser tão chato como tudo mais que se<br />

faz sempre” 136 .<br />

­“vamo brincar por trás, vamo, vamo!” Pela primeira vez se fez uma<br />

abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> prática do sexo anal por heterossexuais. O ator para,<br />

pensa e o efeito <strong>de</strong> sentido produzido pelas reticências se traduz<br />

numa forte sugestão <strong>de</strong> erotismo. Não se diz no enunciado, mas se diz<br />

na enunciação. Utiliza­se apenas <strong>de</strong> indicações, dizendo sem dizer. 137<br />

“Mas, ó, ó, tem que ser <strong>de</strong> camisinha”. O racional novamente vem à<br />

tona para controlar os impulsos do pênis <strong>de</strong>sejante, que primeiramente<br />

rejeita, mas logo é convencido a utilizar o preservativo.<br />

“Por trás é mais perigoso, a gente não po<strong>de</strong> correr risco”.<br />

Sutilmente, o anúncio adverte que a prática do sexo anal é mais<br />

perigosa, <strong>de</strong>vendo ser feita com preservativo.<br />

“Tá legal, vamo vestir logo essa toquinha aí...” A imagem <strong>da</strong><br />

camisinha é transforma<strong>da</strong> <strong>de</strong> algo inconveniente (“lá vem essa história<br />

<strong>de</strong> camisinha <strong>de</strong> novo!”) para um querido objeto pessoal a quem <strong>da</strong>mos<br />

um apelido carinhoso: toquinha. A camisinha é o green card para a<br />

folia. O ator ajeita as sombrancelhas, pega um retrato <strong>de</strong> mulher<br />

136 VILELA, WILZA.Oficinas <strong>de</strong> sexo mais seguro para mulheres. São Paulo: NEPAIDS. 1996., p 29.<br />

138

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