Monografia - Faculdade de Comunicação da UFBA - Universidade ...

Sabemos que o preservativo, necessariamente, refere­se ao órgão
sexual masculino. A condição do pênis, seja enquanto órgão
copulador, instrumento de poder ou de prazer, não é abertamente
discutida. A camisinha, como objeto diretamente ligado ao falo,
também não o é. Contraditoriamente, tanto a literatura médica quanto
a antropológica, dedicam inúmeras páginas à descrição e análise do
pênis, tanto do ponto de vista científico, quanto social. Já a
camisinha, não segue a mesma sorte.
Percorremos as livrarias da cidade, em busca de algum título que
pudesse dar conta da história da camisinha, suas contra­indicações
­ se houvessem­, e curiosidades: nada foi encontrado. Visitamos o
Centro Especializado em Reprodução Humana de Salvador (CEPARH), a
Faculdade Baiana de Medicina, o Grupo Gay da Bahia e o Centro de
Orientação Sorológia(COAS), mas não encontramos qualquer publicação
nesse sentido. Foi naquele momento que percebemos a necessidade de
fazer uma abordagem do preservativo envolvendo sua história,
funções, vantagens e desvantagens de sua utilização. Era clara a
dificuldade que teríamos para encontrar fontes bibliográficas.
Finalmente, visitando o GAPA/BA, nos deparamos com uma publicação de
1997 intitulada : “Preservativo Masculino: Hoje, mais necessário do
que nunca!” A já citada publicação do Ministério da Saúde, foi de
grande importância neste nosso trabalho, pois nos ofereceu dados
consistentes e indicou outras fontes.
Decidimos utilizar as próprias campanhas publicitárias para
analisarmos a forma como era trabalhada a “imagem” da camisinha.
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