Monografia - Faculdade de Comunicação da UFBA - Universidade ...

2.4 ASPECTOS SOCIO­CULTURAIS IMPLICADOS NO USO DA CAMISINHA
E SUA RELAÇÃO COM A EPIDEMIA DA AIDS
O conhecimento de que a camisinha representa a garantia da
continuidade de práticas sexuais penetrativas, com segurança, não
implica, necessariamente, mudança de comportamento por parte da
população. Nesse sentido, é preciso compreender que existem vários
aspectos socio­culturais que interferem diretamente na decisão pelo
uso do preservativo.
A maioria dos homens e mulheres acham dispensável o uso da
camisinha em relações estáveis, considerando o seu uso mais
apropriado para as relações casuais ou em fase de conhecimento
inicial.
A proposição do uso da camisinha suscita questões de gênero, diz
respeito a atitudes que envolvem poder e prazer.
Não é a mulher quem “veste a camisinha”, mas sim o homem e,
portanto, a forma possível de resolver esse impasse é a negociação.
No entanto, para as mulheres entra em jogo um risco mais imediato
neste momento: o medo da discriminação, da perda do parceiro e do
status.
A mulher, para propor o uso do preservativo, terá que
justificá­lo em uma das duas funções: anticonceptiva ou preventiva de
DST/AIDS. Para a primeira função, existem, em contrapartida, outros
contraceptivos eficazes e mais práticos, tais como a pílula e o
D.I.U., que não prescindem da intermediação do parceiro.
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