Monografia - Faculdade de Comunicação da UFBA - Universidade ...

vez que os próprios entrevistados disseram nunca ter usado o
preservativo. Esse dado é salutar quando pensamos sobre a formação da
imagem pública da camisinha. A reprodução do chavão “ é como chupar
bala com papel” pode ser tão decisiva que é capaz de levar os
indivíduos a rechaçarem a camisinha sem nunca tê­la experimentado.
O fato de os parceiros estarem usando “ outro método
anticoncepcional” é motivo para que cerca de 15% dos entrevistados­
com exceção dos operários da construção civil­ deixem de se preocupar
com o uso da camisinha. Na concepção destes a camisinha sem dúvida
desempenha apenas a função contraceptiva. A falta de hábito também
chama a atenção em todos os grupos, exceto os bancários.
Outro fator preocupante é a não utilização por seleção da
parceira. Quais os critérios utilizados por estes jovens para fazer
crer que as pessoas com as quais se relacionam não estão contaminadas
por alguma DST ou mesmo AIDS?
O uso da camisinha não implica a criação de um clima tenso de
terror e desconfiança, nem sugere a existência de um infiel em
potencial em cada um de nós. Muito pelo contrário, a utilização da
camisinha é uma opção consciente e deve ser discutida pelo casal. O
diálogo é um fator imprescindível para a decisão pelo uso
consistente. Até mesmo porque, numa relação madura, é possível que
num determinado momento o casal opte por um outro método
contraceptivo e para tanto é necessário o conhecimento mútuo,
podendo esta decisão ser precedida pela realização de exames de AIDS.
A camisa é de vênus, não é de força.Confirmada a inexistência de
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