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Monografia - Faculdade de Comunicação da UFBA - Universidade ...

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Os objetivos <strong>de</strong> consumo possuem duas instâncias: enquanto valor<br />

<strong>de</strong> uso e enquanto valor <strong>de</strong> troca. O primeiro plano é o <strong>da</strong> satisfação<br />

<strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s básicas. Já o valor <strong>de</strong> troca diz respeito à sedução<br />

do consumo. As mercadorias são impregna<strong>da</strong>s <strong>de</strong> valores sociais, isto<br />

é, a posse <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados produtos passa a representar posição<br />

social privilegia<strong>da</strong> (as marcas <strong>de</strong> distinção). Grifes e etiquetas<br />

evi<strong>de</strong>nciam o status do usuário­ é o chamado valor <strong>de</strong> comunicação. 96<br />

A mercadoria, <strong>de</strong>sta forma, é submeti<strong>da</strong> a uma dupla articulação:<br />

a dinâmica do simbólico do <strong>de</strong>sejo se articula à física <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

que há muito <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> prevalecer em <strong>de</strong>trimento <strong>da</strong> lógica <strong>da</strong> troca<br />

que transforma o produto em obra <strong>de</strong> magia e arte. 97 As mercadorias<br />

contêm o acesso ao mundo: através <strong>de</strong>las ganhamos i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> 98 .<br />

3.1.2 A PUBLICIDADE E A MÁQUINA DO DESEJO<br />

A perseguição dos <strong>de</strong>sejos (máquina do <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> Freud) avança na<br />

medi<strong>da</strong> em que progri<strong>de</strong>m os níveis <strong>de</strong> troca e as mediações tornam­se<br />

mais complexas. A posse é gratificante <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o objeto cobiçado<br />

o seja também pelo vizinho; <strong>da</strong>í a angústia <strong>da</strong> escolha: um produto<br />

<strong>de</strong>ve ser melhor que o do vizinho, ou pelo menos tão bom quanto e o<br />

melhor <strong>de</strong>ntre as marcas concorrentes. Neste aspecto, o <strong>de</strong>sejo não<br />

nasce do objeto, mas <strong>da</strong> impressão que vai causar a posse <strong>de</strong>sse objeto<br />

na vi<strong>da</strong> social.<br />

96 _________________.1995. Op cit., p 132<br />

97 BOUGNOUX, Daniel.1994.Op cit., p 169.<br />

98 __________________1994. Op cit., p 170/171.<br />

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