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Monografia - Faculdade de Comunicação da UFBA - Universidade ...

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Na publici<strong>da</strong><strong>de</strong>, “a sedução substitui a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>”. Este <strong>de</strong>poimento<br />

é explícito. Enquanto a publici<strong>da</strong><strong>de</strong> vela, este spot <strong>de</strong>snu<strong>da</strong>. Os<br />

elementos excessivamente <strong>de</strong>notativos, <strong>de</strong> percepção clara e direta que<br />

levam ao contato com o “real” são rejeitados. A publici<strong>da</strong><strong>de</strong> não<br />

opera como instância <strong>de</strong> preocupação, é, antes, uma instância <strong>de</strong><br />

entretenimento, on<strong>de</strong> o aspecto lúdico é o mais visado. Qual é a graça<br />

<strong>da</strong> AIDS? O vírus não tem senso <strong>de</strong> humor. É bem ver<strong>da</strong><strong>de</strong> que a<br />

soropositivi<strong>da</strong><strong>de</strong> não implica morte instantânea, mas a ligação do<br />

vírus com o fim <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> foi gra<strong>da</strong>tivamente construí<strong>da</strong>, a partir <strong>da</strong>s<br />

próprias campanhas ANTI­AIDS.<br />

“Se você tem um caso fora <strong>da</strong> sua relação, use camisinha”. Esta é<br />

a única <strong>de</strong>claração “positiva” no enunciado. A infi<strong>de</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> é<br />

admiti<strong>da</strong>, pela primeira vez ao longo do discurso, sem que haja<br />

questionamentos morais. Este recorte do texto é o momento em que<br />

ele mais se aproxima <strong>da</strong> lógica <strong>da</strong> aquiescência <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong> que<br />

nunca faz juízos críticos.<br />

“Por amor a você. Por amor à pessoa que você ama”. Conota a<br />

preocupação com o outro. Os spots preventivos vislumbram, portanto, a<br />

alteri<strong>da</strong><strong>de</strong>, preten<strong>de</strong>m­se responsabilizantes; enquanto a publici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

comercial, oferece­nos o <strong>de</strong>leite através <strong>de</strong> “imagens<br />

gratificadoras”. 129<br />

Já a legen<strong>da</strong>: “Não abuse <strong>da</strong> sorte. Use camisinha”. Do ponto <strong>de</strong><br />

vista do imaginário, se opõe ao “princípio do prazer” e <strong>da</strong><br />

129 ACCIOLY, Rejane Vasconcelos Carvalho. Inédito.ENECOM 1996.mimeo.<br />

128

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