Monografia - Faculdade de Comunicação da UFBA - Universidade ...

discriminação e o analfabetismo, são os três fatores de maior risco
para a disseminação da doença no planeta.
Quando este artigo foi publicado, a estimativa mundial de
soropositivos notificados, segundo a OMS, era de cerca de 26 milhões.
Isso significaria 7.000 novos casos por dia. Desse total, 90% são
habitantes do terceiro mundo. Um ano depois, temos notícia de que a
previsão para o ano 2.000 é de cerca de 40 milhões de notificações.
O impacto demográfico e econômico é assustador. A maioria dos
infectados, segundo o infectologista, está na faixa dos 20 aos 40
anos, justamente a mais produtiva e a que garante o suporte familiar.
Mais de 80% das mortes também ocorrem nessa faixa. O efeito negativo
nos indicadores sociais é evidente, observa. Diminuem a força de
trabalho, a renda familiar, o acesso à educação, o cuidado com os
dependentes e cai a expectativa de vida. Este conjunto de aspectos,
de alta relevância social, é denominado “pauperização da AIDS”.
Esses dados, por si só, justificariam a urgência de ações
educativas e a intensificação de campanhas, uma vez que a única arma
eficaz de que dispomos no combate à AIDS é a prevenção.
Segundo o infectologista, para brecar a epidemia, o dinheiro
deveria ser aplicado em programas de prevenção, cuidados básicos com
a saúde e na promoção dos direitos humanos. O médico citou o exemplo
da Tailândia, que conseguiu impedir cerca de 2 milhões de novos casos
com um agressivo programa de prevenção e distribuição de
preservativos.
21