Monografia - Faculdade de Comunicação da UFBA - Universidade ...

familiar também deixam a desejar. Por fim, o volume de camisinhas
contrabandeadas é ignorado.
Através de fontes do próprio Ministério da Saúde, selecionamos
algumas das mais recentes pesquisas realizadas desde 1990 para
analisar o uso de preservativos na região Nordeste e regiões
metropolitanas do Rio, Recife e Curitiba. Um estudo encomendado e
realizado em 1991 pela BENFAM, abrangeu a região Nordeste do Brasil e
detectou dados importantes sobre uso de métodos contraceptivos pelas
mulheres. 39,1% das mulheres em estado fértil estavam utilizando
algum método moderno de contracepção. Destas, apenas 1,1% relatou o
uso regular de preservativos. Entre as mulheres casadas ou com união
consensual, a proporção foi de 1,4%. Quanto à intenção de uso no
futuro, o preservativo foi apontado como método preferido por 2,2%
de todas que relataram desejo de utilizar algum anticonceptivo. Note­
se que este percentual ficou bem abaixo das que deverão optar por
métodos como DIU (3,3%) injeções (6,7%) ou tabelinha(6,4%) e muito
inferior ao percentual das que pretendem utilizar a pílula (39,1%)
ou ainda submeter­se a métodos irreversíveis de esterilização
cirúrgica(31,1%). 17
A ressalva com relação a estas pesquisas diz respeito ao recorte
dado por elas, ou seja, ficam restritas ao universo de mulheres em
idade fértil, em geral casadas ou com parceiros fixos, subestimando,
desta forma, o uso do preservativo.
17 FERRAZ e A FERREIRA, I.Q. RUTEMBERGN SOARES,MP. Pesquisa sobre saúde familiar no Nordeste do Brasil
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