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Monografia - Faculdade de Comunicação da UFBA - Universidade ...

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“ Todo <strong>de</strong>sejo é o <strong>de</strong>sejo do <strong>de</strong>sejo do outro” 99 . Os nossos <strong>de</strong>sejos<br />

têm referência coletiva. “ Ca<strong>da</strong> <strong>de</strong>sejo, por mais íntimo que seja,<br />

visa o universal. Nenhum <strong>de</strong>sejo, nem mesmo o sexual, subsiste sem a<br />

mediação do imaginário comum.” 100<br />

Quem <strong>de</strong>sejaria possuir uma mulher que não fosse <strong>de</strong>seja<strong>da</strong> e<br />

cobiça<strong>da</strong> pelos <strong>de</strong>mais?<br />

Quem <strong>de</strong>sejará utilizar camisinha se este não for um<br />

comportamento positivado socialmente? Compreen<strong>de</strong>ndo o mecanismo do<br />

<strong>de</strong>sejo, enquanto o uso <strong>da</strong> camisinha não representar uma condição <strong>de</strong><br />

ostentação, exprimindo um “ valor <strong>de</strong> comunicação” a sensibilização<br />

do público no sentido <strong>de</strong> sua utilização será bastante difícil.<br />

3.1.3 A PUBLICIDADE E OS MODOS DE VIDA<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista sociológico, a publici<strong>da</strong><strong>de</strong> atua como um<br />

instrumento <strong>de</strong> controle social, estabelecendo parâmetros <strong>de</strong><br />

comportamento a<strong>de</strong>quados e colaborando com a manutenção <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m<br />

social. 101<br />

Este controle não mais se estabelece pela via repressiva, mas ,<br />

sim, utilizando outras técnicas on<strong>de</strong> o consumidor, no próprio<br />

99 Hegel tomado por Lacan e por Caetano: “ Pois quando eu te vejo<br />

eu <strong>de</strong>sejo o teu <strong>de</strong>sejo”<br />

(Menino do Rio).<br />

100 BAUDRILLAR, Jean. 1989. Op cit. P 279.<br />

101 MACHADO JUNIOR, Carlos Eduardo. 1995. Op cit. 128/129.<br />

101

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