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Dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - UEM

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do mundo subterrâneo e também do renascimento (adaptado <strong>de</strong><br />

www.cromoterapia.org.br. Acesso: 22/05/10). Na pós-mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, as cores<br />

estão, a cada dia, mais presentes: nos alimentos, nas luzes das cida<strong>de</strong>s, nos<br />

neons das boates... a pós-mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> é, enfim, colorida. Em nossa era, a<br />

tarefa da arte visual parece ser a <strong>de</strong> pintar e recompor as imagens do mundo.<br />

A <strong>de</strong>speito <strong>de</strong> as pesquisas com o não-verbal ainda se constituír<strong>em</strong> um<br />

<strong>de</strong>safio, a Análise do Discurso <strong>de</strong> linha francesa, acompanhando essa<br />

socieda<strong>de</strong> como obra <strong>de</strong> arte, <strong>de</strong>bruça seus esforços na busca por investigar<br />

o não-verbal enquanto característica fundante do discurso artístico e enquanto<br />

procedimento discursivo presente também <strong>em</strong> outras tipologias discursivas.<br />

Embora uma análise mais aprofundada da influência dos meios <strong>de</strong><br />

comunicação na construção <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s não faça parte dos trabalhos<br />

<strong>de</strong>sse teórico, dado o seu <strong>de</strong>saparecimento antes do início da chamada era<br />

digital, seria no mínimo ingênuo <strong>de</strong>sprezar ou minimizar o po<strong>de</strong>r da mídia na<br />

cont<strong>em</strong>poraneida<strong>de</strong>. É a mídia o principal responsável por “mostrar-nos” o<br />

mundo como ele <strong>de</strong>ve ser visto. Ela, porquanto espaço discursivo<br />

disciplinador, é o campo primigênio, primeiro, o ponto <strong>de</strong> partida para<br />

enten<strong>de</strong>rmos os processos <strong>de</strong> subjetivação na tão proclamada mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong><br />

tardia. A mídia, por meio da imag<strong>em</strong>, permite-nos realizar uma “leitura” do<br />

espaço, revela o lugar on<strong>de</strong> habitam as pessoas, possibilita-nos conhecer<br />

seus hábitos, <strong>de</strong>voções, crenças, medos. É como uma ferramenta <strong>de</strong><br />

organização, <strong>de</strong> direcionamento do olhar do leitor/telespectador. Estudiosos<br />

como o s<strong>em</strong>iólogo francês Barthes endossam essa preocupação com os<br />

discursos que perpassam os textos imagéticos. Esse autor, por ex<strong>em</strong>plo,<br />

explica que, na foto, a imag<strong>em</strong> transforma-se numa escrita, a partir do<br />

momento <strong>em</strong> que é significativa. Diz, ainda: uma fotografia será, por nós,<br />

consi<strong>de</strong>rada como fala, exatamente como um artigo <strong>de</strong> jornal (1984, p.132).<br />

Assim, sob a ótica da Análise do Discurso, t<strong>em</strong>-se a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>screver, explicar e avaliar criticamente os processos <strong>de</strong> produção,<br />

circulação e consumo dos sentidos vinculados aos produtos midiáticos, <strong>de</strong>ntre<br />

os quais se insere o cin<strong>em</strong>a.<br />

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