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JANSENISMO REGALISTA E ULTRAMONTANISMO<br />

tado pelos jesuítas para fazerem odiosos os Theologos Catholicos. Esta Carta Circular (como em<br />

outra sua attesta aquelle mesmo Geral) foy vista, approvada e corrigida pelo Santo Padre Pio 6.º, o<br />

que igualmente he attestado pelo Autor dos Annaes Eccleziasticos de Florença xxvi .<br />

12.ª Os Principes por ultimo com as leys do silencio restabelecem, e mantem a tranquilidade<br />

publica perturbada pelas contestaçõens do Jansenismo e da Bula Unigenitus.<br />

Com effeito o tempo foy mostrando quanto erão prejudiciaes à Religiam e ao socego publico<br />

as renhidas contendas que a persuasão de h ~ ua heresia (que se dizia existir, mas que nunca se realizava)<br />

continuamente suscitava. O mesmo tempo foy igualmente mostrando que a Bula Unigenitus<br />

em vez de reunir os espiritos os havia cada vez mais divorciado, mantendo-se como pretexto della a<br />

falsa persuasão da existencia daquella mesma heresia: esta era proposta debaxo de hum aspecto<br />

novo, e se queria mostrar realizada pela proposição dos que não reconheciam a dita Bula como regra<br />

de Fé: e por isso se fez renovar em França com estrondo a assinatura simples e absoluta do Formulario.<br />

Luiz 15 Rey de França contemplando o aspecto horrivel de tanta dissenção no seu Reyno<br />

quando lhe era necessaria a mais perfeita união para fazer frente ao inimigo na iminente guerra com<br />

que o ameaçava a Inglaterra, abrio os olhos, e conheceo a necessidade da Ley do Silencio que em<br />

1717 o duque de Orleans Regente da França tinha promulgado pelas imperiosas circuns (fol. 27v.)<br />

tancias daquelle tempo. Recorreo para isso aos Prelados do Reino que ajuntou em numerosa<br />

Assemblea, para serem os legitimos executores do expediente que havia projectado. A Assemblea<br />

porem discorde em votos so se reunio com o Rey em consultarem naquelle tão urgente caso o Oraculo<br />

de Roma: então he que se recorreo a Benedito 14 para que com a sua decisão aquietasse os espiritos<br />

e restabelecesse a paz desejada: para isso ajuntou elle sinco Cardeaes, que congregados em<br />

Palestrina dessem h ~ ua resposta em materia tão interessante e melindrosa. Não se entendendo bem<br />

esta, e insttado o Sumo Pontifice respondeo enfim com a sua Encyclica dirigida à Assemblea do clero<br />

xxvii e posto que nella usou de muita reserva e circonspecção, contudo o seu resultado por ultimo<br />

he o de redusir as cousas a taes termos, que se tirasse toda a occasião de contestaçoens, e ficasse assim<br />

effeitoado o intento do Rey, e frustrado todo o procedimento e manobras dos socios de Molina e<br />

dos seus parciaes. Deste modo he que a suspirada paz entrou naquelle afflictissimo Reyno renovando-se<br />

aquella primeira Ley do silencio pelas de 1754 e 1756.<br />

Não se deve aqui esquecer qual foy neste encontro o proceder dos socios de Molina. Estes assim<br />

que appareceo aquella Encyclica publirarão em Manuscripto hum infame folheto em forma de<br />

carta xviii que principiava: Estas são as duvidas propostas aos Cardeaes congregados em Palestrina xxix<br />

(fol. 28) no qual impugnavão a Encyclica do Papa: E porque o zeloso e doutissimo Padre Vicente<br />

Patuzzi Dominicano debaxo do nome de Euzebio Eraneste emprehendeo defender contra aquelle<br />

xxvi N. 13 de 1786 p. 49 col. 1.<br />

xxvii Esta Encyclica principia – Ex omnibus christiani Orbis regionibus – e he datada de 16 de Outubro de 1756.<br />

xxviii Esta carta manuscripta que ate se fez passar às maons de Bened. 14 tinha o sobrescripto seguinte: – Amplissimis S. R. E.<br />

Cardinalibus et clarissimis Theologis in Urbe Praeneste congregatis post pacem Ecclesiae Gallicanae, et methodum propediem<br />

adituris pró studiis peragendis ab Alumnis Collegii Urbani de Propaganda Fide ad haereticos profligandos, ad Gentiles<br />

et Atheos in sinum Ecclesiae reducendos.<br />

xxix Esta infame carta foy prohibida e condemnada por Benedeto 14 em hum Decreto de prohibição que principia: – Cum<br />

ad nonnullos – em 5 de Setenbro de 1757.<br />

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