Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
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Falta <strong>de</strong> água e o metabolismo <strong>de</strong> carbono<br />
celular, suficiente para causar o fechamento dos estômatos, vai tor<strong>na</strong>r a<br />
absorção <strong>de</strong> dióxido <strong>de</strong> carbono extremamente difícil, diminuindo<br />
sensìvelmente a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assimilação <strong>de</strong> carbono. Por isto, os vegetais<br />
vivem o eterno dilema <strong>de</strong> abrir os estômatos para a entrada do CO 2 mas <strong>de</strong><br />
fechá-los para evitar a perda <strong>de</strong> água, porém a tendência é favorecer a<br />
assimilação fotossintética (BOYER, 1976). A absorção <strong>de</strong> água pelas raízes<br />
também po<strong>de</strong> ser afetada por fatores ambientais como baixa disponibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> O 2 , salinida<strong>de</strong>, metais pesados e falta <strong>de</strong> água. Isto porque sabe-se que o<br />
transporte <strong>de</strong> água através da plasmalema não é livre e se dá através <strong>de</strong> ca<strong>na</strong>is<br />
<strong>de</strong> água, que são proteí<strong>na</strong>s <strong>de</strong> 30 kDa chamadas aquapori<strong>na</strong>s. Estes ca<strong>na</strong>is são<br />
seletivos para a água, tendo um diâmetro reduzido (0,3 a 0,4 nm), suficientes<br />
para a passagem <strong>de</strong> uma molécula <strong>de</strong> água (0,28 nm), po<strong>de</strong>m ser fechados por<br />
estímulos externos e são <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da energia da respiração (STEUDLE &<br />
HENZLER, 1995).<br />
Hoje já sabemos que um ligeiro <strong>de</strong>ssecamento do solo, mesmo que ainda<br />
não afete as relações hídricas da parte aérea, causará um aumento <strong>na</strong><br />
concentração <strong>de</strong> ABA no xilema, provavelmente produzido no meristema sob<br />
a coifa das raízes, induzindo <strong>na</strong> folha o fechamento estomático e a diminuição<br />
da expansão foliar (DAVIES et al , 1990). A expansão foliar e a abertura<br />
estomática são os processos mais sensíveis à falta <strong>de</strong> água. Mesmo antes <strong>de</strong><br />
haver variação no potencial hídrico foliar (Ψh da folha), a abertura estomática<br />
e expansão celular já são afetados pelo balanço <strong>de</strong> fitormônios, produzidos <strong>na</strong><br />
raiz (KRAMER & BOYER, 1995).<br />
Através do controle <strong>de</strong> estômatos, a planta diminui as suas perdas <strong>de</strong> água,<br />
porém diminui a sua assimilação fotossintética, tendo assim <strong>de</strong> fazer uso das<br />
suas reservas acumuladas anteriormente. Além do efeito da baixa<br />
disponibilida<strong>de</strong> do substrato (CO 2 ), pelo fechamento dos estômatos, o<br />
aparelho fotossintético será afetado por um estresse mais severo (KENNEDY,<br />
1976) (Fig. 13). Devido ao efeito da fotoinibição, que ocorre a nível dos<br />
tilacói<strong>de</strong>s, há inibição do PS II, principalmente da fotofosforilação<br />
(LUDLOW & POWLES, 1988). A falta <strong>de</strong> água que também causa uma<br />
diminuição <strong>na</strong> ativida<strong>de</strong> enzimática <strong>de</strong> regeneração da rubisco, po<strong>de</strong> ser uma<br />
das causas da redução da fotossíntese sob baixo potencial hídrico foliar, e não<br />
o suprimento <strong>de</strong> ATP, segundo GUNASEKERA & BERKOWITZ (1993).<br />
O déficit hídrico, mesmo leve, vai afetar a ativida<strong>de</strong> fotossintética pela<br />
diminuição da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> CO 2 , com o fechamento estomático<br />
(HSIAO, 1973). Porém, sobre a superfície <strong>de</strong> uma folha, formam-se auréolas,<br />
um fenômeno chamado “patchyness”, on<strong>de</strong> algumas áreas mantêm os<br />
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