Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
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INTRODUÇÃO<br />
A agricultura em zo<strong>na</strong> tropical, principalmente a <strong>de</strong> baixa tecnologia (sem<br />
irrigação e pouco adubada), tem <strong>de</strong> melhorar seus rendimentos, pois a<br />
população mundial prevista para o ano 2025 é <strong>de</strong> 8 bilhões, e mais <strong>de</strong> 90%<br />
<strong>de</strong>ste crescimento ocorre em países do terceiro mundo, nos trópicos. Todos os<br />
mo<strong>de</strong>los sugeridos prevêm uma séria falta <strong>de</strong> alimentos, especialmente em<br />
países tropicais. Essa falta <strong>de</strong> alimentos será exacerbada em países tropicais do<br />
3º mundo <strong>de</strong>vido à reduzida produtivida<strong>de</strong> das culturas, aquecimento global,<br />
e <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong> solos, resultante da remoção da vegetação tropical. A<br />
necessida<strong>de</strong> premente <strong>de</strong> aumento da produtivida<strong>de</strong> agrícola <strong>de</strong> culturas<br />
tropicais (mais vale alimentar do que remediar), <strong>de</strong>ve basear-se <strong>na</strong> compreensão<br />
das interações no ambiente da cultura, isto é, da interação entre o sistema <strong>de</strong><br />
cultivo, em que entram o componente da cultura, a atmosfera, o solo, e fatores<br />
bióticos (pragas e doenças) (NORMAN et al., 1995).<br />
Nesse contexto, o Brasil representa um potencial para a produção <strong>de</strong><br />
alimentos no mundo, ainda pouco explorado. Os cerrados brasileiros, que<br />
ocupam cerca <strong>de</strong> 22% do território <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, com 183 milhões <strong>de</strong> hectares,<br />
ainda são pouco utilizados para a produção agrícola. Em zo<strong>na</strong> tropical, com<br />
área relativamente pla<strong>na</strong>, permitindo a mecanização, com período seco e <strong>de</strong><br />
chuvas bem <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do, o cerrado permitirá uma gran<strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />
alimentos (LUCCHESI, 1987). Segundo GOEDERT et al. (1980), a região<br />
dos cerrados permite duplicar a produção brasileira <strong>de</strong> alimentos, produzindo<br />
alimentos para mais <strong>de</strong> 200 milhões <strong>de</strong> pessoas.<br />
Portanto, a compreensão dos aspectos fisiológicos da produção <strong>de</strong> matéria<br />
seca pela cultura, associada ao efeito do meio ambiente no qual a cultura está<br />
sendo realizada, permitirá avanços e ganhos em produtivida<strong>de</strong> agrícola. Nas<br />
duas últimas décadas, um significativo aumento do rendimento <strong>de</strong> culturas<br />
como o milho, arroz e trigo, foi conseguido através da manipulação genética da<br />
arquitetura da planta (FAGERIA, 1992).<br />
A produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um dossel <strong>de</strong> plantas com índice <strong>de</strong> área foliar, IAF,<br />
próximo do ótimo (IAF é uma expressão da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacio<strong>na</strong>l, dado pela<br />
área foliar existente em relação à superfície <strong>de</strong> solo ocupada [MAGALHÃES,<br />
1979]) é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>:<br />
1) para a fonte: taxa fotossintética por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> área; área foliar específica,<br />
fotossinteticamente efetiva (tamanho da fonte); e manutenção da área<br />
fotossintética durante o ciclo da planta (duração da fonte).<br />
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