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Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode

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Assimilação <strong>de</strong> carbono<br />

O ácido fosfoglicólico, produzido <strong>na</strong> fotorrespiração, é <strong>de</strong>sfosforilado a<br />

ácido glicólico (GLIC, Fig. 3) e exportado do cloroplasto para o peroxissoma,<br />

on<strong>de</strong> é oxidado a ácido glioxílico (GLX). A reação da glicolato oxidase,<br />

formando o ácido glioxílico, produz também H 2 O 2 , que é reduzido pela ação<br />

da catalase. Em seguida, o ácido glioxílico é ami<strong>na</strong>do gerando a glici<strong>na</strong> (GLIA).<br />

A formação da glici<strong>na</strong> é acoplada ao sistema glutamato sintase/glutami<strong>na</strong><br />

sintetase (GS/GOGAT) do cloroplasto, e o ácido glutâmico formado é<br />

exportado para o peroxissoma, on<strong>de</strong> ocorre a transami<strong>na</strong>ção, ce<strong>de</strong>ndo o<br />

grupamento amino (-NH 2 ) para a formação <strong>de</strong> uma glici<strong>na</strong>. O segundo<br />

grupamento amino para a segunda glici<strong>na</strong>, é oriundo da <strong>de</strong>sami<strong>na</strong>ção da seri<strong>na</strong><br />

(SER) a hidroxi-piruvato (OH-PIR) no próprio peroxissoma (BRYCE &<br />

THORNTON, 1996).<br />

A glici<strong>na</strong> formada é transportada para a mitocondria, on<strong>de</strong> duas glici<strong>na</strong>s<br />

(2C cada) são transformadas em uma seri<strong>na</strong> (3C), liberando o CO 2<br />

fotorrespiratório e o primeiro grupamento amino para a formação <strong>de</strong> uma<br />

glici<strong>na</strong>. A seri<strong>na</strong> formada volta ao peroxissoma, on<strong>de</strong> é <strong>de</strong>sami<strong>na</strong>da a ácido<br />

hidroxipirúvico, liberando o segundo grupamento amino para a formação da<br />

segunda glici<strong>na</strong>, havendo então um equilíbrio no fluxo <strong>de</strong> N (ZELITCH,<br />

1973). Nessa organela, o ácido hidroxipirúvico é reduzido a ácido glicérico<br />

(GLIR) e este migra para o cloroplasto, on<strong>de</strong> é fosforilado a ácido fosfoglicérico<br />

(PGA) para entrar no ciclo <strong>de</strong> Benson-Calvin, consumindo pelo menos um<br />

ATP (OGREN, 1984).<br />

Portanto, <strong>de</strong> cada quatro carbonos (duas glici<strong>na</strong>s) que entram <strong>na</strong><br />

fotorrespiração, três carbonos são recuperados <strong>na</strong> forma do ácido fosfoglicérico<br />

e um é perdido <strong>na</strong> forma <strong>de</strong> CO 2 (HALL & RAO, 1994). Nessa via, além do<br />

consumo <strong>de</strong> ATP para a formação do ácido fosfoglicérico, há consumo <strong>de</strong> um<br />

NADPH <strong>na</strong> redução do ácido hidroxipirúvico a ácido glicérico (LORIMER &<br />

BADGER, 1981) no peroxissoma. Porém, OGREN (1984) afirma que este<br />

NADPH consumido é produzido <strong>na</strong> mitocôndria, durante a <strong>de</strong>scarboxilação<br />

<strong>de</strong> uma glici<strong>na</strong> e liberação do CO 2 fotorrespiratório.<br />

1.B.2.1. Possíveis funções da fotorrespiração<br />

a) O ácido P-glicólico gerado pela função oxige<strong>na</strong>se da rubisco, não tem<br />

função específica no metabolismo vegetal, e seria uma perda <strong>de</strong> carbono se não<br />

houvesse o ciclo do glicolato-glicerato. Neste ciclo da fotorrespiração, há a<br />

recuperação <strong>de</strong> 3/4 do C, com 1 PGA (3C) gerado e 1 CO 2 liberado<br />

(ZELITCH, 1973; LAWLOR, 1993).<br />

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