Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
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Falta <strong>de</strong> água e o metabolismo <strong>de</strong> carbono<br />
eficiência da irrigação durante o cultivo, para reduzir a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água<br />
infiltrada que passa pelo sistema radicular, em percolação profunda, mantendo<br />
a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água <strong>na</strong> zo<strong>na</strong> radicular; 4) os sistemas <strong>de</strong> irrigação por<br />
aspersores, utilizando água sali<strong>na</strong>, provocam queimaduras <strong>de</strong> folha. Os<br />
sistemas por gotejamento, aplicando água localizada sobre o sistema radicular,<br />
promovem a lixiviação <strong>de</strong>stes sais <strong>na</strong> zo<strong>na</strong> radicular, criando uma zo<strong>na</strong> menos<br />
sali<strong>na</strong> em torno das raizes. A freqüência <strong>de</strong> irrigação <strong>de</strong>ve ser a mais alta para<br />
aquele solo; 5) o plantio <strong>de</strong>ve ser feito em sulcos rasos (os sais vão se acumular<br />
<strong>na</strong> parte alta, do lado da linha <strong>de</strong> plantas), ou em camaleões, plantando-se<br />
lateralmente (os sais vão se acumular no topo). A aplicação <strong>de</strong> cobertura morta<br />
diminui a evaporação <strong>de</strong> água do solo; e 6) explorar culturas <strong>de</strong> vegetais mais<br />
tolerantes à salinida<strong>de</strong> (Tab. 7).<br />
A paralização do crescimento vegetal <strong>de</strong>vido ao estresse salino ou por falta<br />
<strong>de</strong> água são similares, pois ambos causam queda no potencial hídrico do solo,<br />
diminuindo o crescimento da planta. No estresse salino, além do efeito sobre<br />
o status hídrico da planta, há um efeito tóxico <strong>de</strong>vido aos altos níveis <strong>de</strong> Na +1<br />
(os principais sais encontrados são NaCl e Na 2 SO 4 ), causando distúrbios no<br />
metabolismo do Ca +2 , <strong>na</strong> integrida<strong>de</strong> membra<strong>na</strong>r e nos processos <strong>de</strong><br />
fosforilação. Da mesma forma, os mecanismos <strong>de</strong> adaptação das plantas ao<br />
estresse salino são semelhantes aos da falta <strong>de</strong> água (que ocorre no estresse<br />
salino, mesmo no solo com conteúdo hídrico alto), sendo o principal <strong>de</strong>les o<br />
ajustamento osmótico que permitirá a extração <strong>de</strong> água do solo (este<br />
mecanismo é obrigatório para vegetais marinhos). Além do ajustamento<br />
osmótico, existem outros mecanismos <strong>de</strong> tolerância à salinida<strong>de</strong>, como a<br />
habilida<strong>de</strong> em acumular, excluir e compartimentalizar íons seletivamente no<br />
vacúolo e <strong>na</strong> base <strong>de</strong> tricomas excretores <strong>de</strong> sais <strong>na</strong>s folhas; o controle da<br />
absorção <strong>de</strong>stes íons pelas raízes e do transporte para a parte aérea; e o uso dos<br />
íons acumulados para o ajustamento osmótico, com a acumulação <strong>de</strong> solutos<br />
compatíveis com estes íons (ácidos orgânicos do ciclo <strong>de</strong> Krebs)<br />
(PASSIOURA, 1986).<br />
Essas características, que conferem tolerância à salinida<strong>de</strong> estão, em geral,<br />
associadas a características morfológicas, que po<strong>de</strong>riam ser chamadas <strong>de</strong><br />
mecanismos <strong>de</strong> evitamento. A pubescência <strong>de</strong> folha, por exemplo, diminuindo<br />
as perdas <strong>de</strong> água e, no caso <strong>de</strong> tricomas excretores, elimi<strong>na</strong>ndo sais sobre a<br />
superfície das folhas e criando uma camada que causa a reflexão <strong>de</strong> luz e<br />
retenção <strong>de</strong> água, como no caso <strong>de</strong> Atriplex nummularia e <strong>de</strong> Atriplex halimus,<br />
ambas halófitas (PIMENTEL, 1985). O enrolamento e a suculência <strong>de</strong> folhas,<br />
assim como o metabolismo CAM, também evitam os efeitos da salinida<strong>de</strong>.<br />
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