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Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode

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Falta <strong>de</strong> água e o metabolismo <strong>de</strong> carbono<br />

muitas plantas C 3 <strong>de</strong> regiões <strong>de</strong> clima árido, com gran<strong>de</strong> controle<br />

estomático e conseqüente alta E.U.A. Além <strong>de</strong> existir uma variabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

E.U.A. entre espécies isto ocorre também <strong>de</strong>ntro da espécie, e po<strong>de</strong> ser um<br />

parâmetro fisiológico associado a outros, como o <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

sistema radicular, a ser usado no melhoramento vegetal tropical. A maior<br />

E.U.A. das plantas não garante por si só maior adaptação à seca, como já<br />

visto anteriormente (OSMOND et al, 1982).<br />

O conteúdo hídrico da planta é resultado do balanço das taxas <strong>de</strong><br />

absorção e <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> água (transpiração). O primeiro fator está fora <strong>de</strong><br />

controle instantâneo, sendo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do sistema radicular da planta e <strong>de</strong><br />

características físicas e suprimento hídrico do solo. O segundo fator,<br />

controle da transpiração, po<strong>de</strong> ser feito em um tempo <strong>de</strong> 10 2 a 10 4<br />

segundos e em maior ou menor escala, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do vegetal (PUGNAIRE<br />

et al., 1994.). A transpiração é proporcio<strong>na</strong>l ao déficit <strong>de</strong> pressão <strong>de</strong> vapor<br />

<strong>de</strong> água <strong>na</strong> atmosfera. O controle da transpiração é feito pelo fechamento<br />

estomático, que é o único processo no continuum solo-planta-atmosfera que<br />

possui essa resposta instantânea. Porém, como tal controle está diretamente<br />

associado ao suprimento <strong>de</strong> CO 2 à folha, a condutância estomática <strong>de</strong>ve<br />

variar ao longo do tempo, <strong>de</strong> forma a haver um mínimo <strong>de</strong> perdas <strong>de</strong> água<br />

para uma máxima assimilação <strong>de</strong> CO 2 (KRAMER & BOYER, 1995).<br />

Assim é o dilema dos vegetais, que <strong>de</strong>vem fechar os estômatos para evitar as<br />

perdas <strong>de</strong> água e abri-los para a assimilação <strong>de</strong> CO 2 .<br />

WHITE et al. (1990), <strong>de</strong>monstram que existe uma estreita correlação<br />

entre a variação <strong>na</strong> taxa <strong>de</strong> assimilação <strong>de</strong> CO 2 e a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do sistema<br />

radicular do feijoeiro, <strong>na</strong> resposta à falta <strong>de</strong> água. OSMOND et al. (1980)<br />

propõem que a seleção <strong>de</strong> plantas tolerantes à seca, principalmente em<br />

plantas C 3 sensíveis à falta <strong>de</strong> água, <strong>de</strong>ve buscar plantas que mantenham a<br />

ativida<strong>de</strong> fotossintética alta, com baixa condutância estomática, para reduzir<br />

as perdas <strong>de</strong> água por transpiração (eficiência intrínseca no uso <strong>de</strong> água:<br />

E.I.U.A = ativida<strong>de</strong> fotossintética/condutância estomática) (Fig. 14).<br />

A absorção contínua <strong>de</strong> água é essencial ao crescimento e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento vegetal, pois a maioria das plantas em clima tropical chega<br />

a per<strong>de</strong>r mais do que seu próprio peso em água, por dia, em certas<br />

condições. Somente algumas plantas xeromórficas, como os cactus, com<br />

baixa transpiração e alta capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estocagem <strong>de</strong> água, po<strong>de</strong>m<br />

sobreviver sem imediata reposição da água perdida (OSMOND et al.,<br />

1982). Portanto, a absorção e uso <strong>de</strong> água têm uma importância capital em<br />

clima tropical.<br />

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