Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
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Partição <strong>de</strong> carbono <strong>na</strong> planta<br />
meristemas vegetativos da parte aérea e raíz. Posteriormente, quando a taxa<br />
<strong>de</strong> crescimento do fruto for máxima, a dos meristemas vegetativos será<br />
mínima. A priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dreno <strong>na</strong> floração do tomateiro é direcio<strong>na</strong>do para<br />
as folhas jovens em relação às inflorescências, e durante a frutificação a<br />
priorida<strong>de</strong> é para o fruto em relação às folhas jovens, a qual é priorida<strong>de</strong> em<br />
relação às flores, que por sua vez o é sobre as raízes. A competição entre os<br />
drenos é controlada por reguladores <strong>de</strong> crescimento e pelo tamanho e<br />
ativida<strong>de</strong> do dreno, que são sensíveis a fatores ambientais como temperatura<br />
e falta <strong>de</strong> água (HO et al., 1989).<br />
Portanto, segundo os estádios <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, mudam as priorida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> dreno: a) <strong>na</strong> fase <strong>de</strong> plântula, a fonte são o endosperma do grão ou os<br />
cotilédones, a estaca, o tubérculo ou o bulbo, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da forma <strong>de</strong><br />
propagação; e o dreno são os meristemas apicais <strong>de</strong> parte aérea e raiz; b) as<br />
folhas, após atingirem 2/3 do tamanho máximo, passam a ser uma fonte ao<br />
invés <strong>de</strong> dreno, havendo mudanças no <strong>de</strong>senvolvimento a<strong>na</strong>tômico das vias<br />
<strong>de</strong> importação e exportação (WARDLAW, 1990). Os drenos principais<br />
continuam a ser as folhas jovens e raízes, que competem proporcio<strong>na</strong>lmente<br />
pelos assimilados; e c) no início do <strong>de</strong>senvolvimento reprodutivo, as flores são<br />
pobres competidores, portanto ainda há crescimento vegetativo, e as folhas<br />
que atingirem seu tamanho máximo no início do <strong>de</strong>senvolvimento dos<br />
frutos, principalmente as folhas próximas ao fruto, terão uma gran<strong>de</strong><br />
importância no enchimento <strong>de</strong>ste. Com o <strong>de</strong>senvolvimento do fruto, este<br />
promove uma dominância, causando paralização do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
outros órgãos (TAMAS, 1995).<br />
No período <strong>de</strong> floração há um aumento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> fotossintética das<br />
folhas (Tab. 3). Porém, nesse estádio não há gran<strong>de</strong> acumulação <strong>de</strong> matéria<br />
seca como no estádio <strong>de</strong> enchimento do fruto. Acredita-se que este aumento<br />
da ativida<strong>de</strong> fotossintética seja induzido pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atingir um nível<br />
crítico <strong>de</strong> carboidratos <strong>na</strong>s folhas próximas ao dreno para que ocorra a<br />
polinização e o <strong>de</strong>senvolvimento do embrião (WARDLAW, 1990,<br />
MARSCHNER, 1995). Como pouco carbono é retranslocado <strong>na</strong> planta,<br />
pois está alocado <strong>na</strong> forma <strong>de</strong> celulose <strong>na</strong>s folhas e raízes, que não é <strong>de</strong>gradada<br />
pela planta (somente alguns fungos patogênicos sintetizam celulases), a<br />
ativida<strong>de</strong> da fonte no período <strong>de</strong> floração e frutificação assegura os<br />
fotoassimilados. Por isso, qualquer fator ambiental que afete a ativida<strong>de</strong><br />
fotossintética neste estádio, como temperaturas altas e estresse hídrico, afetará<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento do embrião no fruto e, conseqüentemente, reduzirá<br />
drásticamente a produtivida<strong>de</strong> (KRAMER & BOYER, 1995).<br />
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