30.04.2013 Views

Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode

Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode

Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Partição <strong>de</strong> carbono <strong>na</strong> planta<br />

que ocorra o fluxo <strong>de</strong> sacarose para este último, principalmente em um dreno<br />

<strong>de</strong> acúmulo <strong>de</strong> açúcares solúveis como a ca<strong>na</strong>-<strong>de</strong>-açúcar. No <strong>de</strong>scarregamento<br />

do floema contra gradiente, este se dará através da bomba H + e cotransporte<br />

H + -sacarose, po<strong>de</strong>ndo o K + também estar implicado neste <strong>de</strong>scarregamento,<br />

aumentando o metabolismo <strong>de</strong> síntese no dreno, e conseqüentemente, o uso<br />

<strong>de</strong> carboidratos que chegam. O <strong>de</strong>scarregamento <strong>de</strong> sacarose no dreno (no<br />

apoplasto ou no citoplasma diretamente), será <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da ativida<strong>de</strong> das<br />

invertases ácida no apoplasto e neutra no citoplasma. Todos esses processos são<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> energia e estão sob controle ambiental e hormo<strong>na</strong>l (SIVAK et<br />

al, 1989). A manutenção do gradiente osmótico entre a fonte e o dreno, para<br />

que ocorra o transporte, é feita: a) pela conversão química da sacarose em<br />

hexose ou amido, pois a hexose não é recarregada no floema e o amido reduz<br />

a concentração osmótica; b) pela compartimentalização da sacarose no<br />

vacúolo do dreno; c) pela utilização da sacarose para crescimento pela<br />

biossíntese <strong>de</strong> outros compostos ou <strong>na</strong> manutenção da célula (1 mol <strong>de</strong><br />

sacarose = CO 2 + H 2 O + 76 ATP); e d) pelo acúmulo <strong>de</strong> K + <strong>na</strong> fonte.<br />

Em um dreno <strong>de</strong> utilização, como meristemas apicais em raízes <strong>de</strong> cevada,<br />

40 a 50% da sacarose são consumidas <strong>na</strong> respiração <strong>de</strong> crescimento (síntese <strong>de</strong><br />

celulose, lipí<strong>de</strong>os e proteí<strong>na</strong>s); somente 1% da sacarose é usado para a síntese<br />

<strong>de</strong> amido. No início do <strong>de</strong>senvolvimento do dreno, a respiração <strong>de</strong><br />

crescimento é alta e a <strong>de</strong>manda por esqueletos <strong>de</strong> carbono é gran<strong>de</strong>, enquanto<br />

a <strong>de</strong>manda por ATP é baixa. Assim, uma gran<strong>de</strong> proporção dos carboidratos<br />

importados são respirados para produção <strong>de</strong> ácidos orgânicos, com menor<br />

produção <strong>de</strong> ATP (Fig. 6). Em cenoura e batata, quando o dreno começa a<br />

acumular carboidratos, a via do citocromo <strong>na</strong> ca<strong>de</strong>ia respiratória mitocondrial<br />

é mais utilizada, e mesmo com o <strong>de</strong>clínio da fotossíntese e exportação <strong>na</strong>s<br />

fontes, a acumulação <strong>de</strong> matéria seca nos drenos é pouco reduzida, pois com<br />

a respiração via citocromo há maior produção <strong>de</strong> ATP (MILBURN &<br />

KALLARACKAL, 1989).<br />

Portanto, todo o processo <strong>de</strong> partição <strong>de</strong> carbono para o dreno é afetado<br />

por fatores ambientais que influenciarão o balanço <strong>de</strong> carbono, via níveis<br />

energéticos, e balanço hormo<strong>na</strong>l, causando a resposta <strong>na</strong> cultura. Em clima<br />

tropical, os estresses ambientais, como altas temperaturas e falta <strong>de</strong> água são<br />

bastantes comuns, e por isso quanto maior for o período <strong>de</strong> enchimento do<br />

dreno, maiores as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> manter o crescimento <strong>de</strong> pelo menos<br />

alguns drenos, e conseqüentemente, a produção. A duração do dreno é<br />

também função da duração da fonte, pois não adianta ter um dreno a ser<br />

63

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!