Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Eficiência no uso <strong>de</strong> nutrientes e metabolismo <strong>de</strong> carbono<br />
rapidamente à falta <strong>de</strong> água no solo, com rápido fechamento estomático, <strong>de</strong>vido<br />
ao alto suprimento <strong>de</strong> ABA e baixo <strong>de</strong> citocini<strong>na</strong> já existente sob <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong><br />
N. Em algodão, a <strong>de</strong>ficiência em P causa aumento do teor <strong>de</strong> ABA <strong>na</strong>s folhas, e<br />
a resposta ao estresse hídrico é mais rápida (MARSCHNER, 1995).<br />
Para o crescimento vegetativo, a baixa disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> N e <strong>de</strong> P causam<br />
redução no índice <strong>de</strong> área foliar pelo <strong>de</strong>clínio da ativida<strong>de</strong> fotossintética, e do<br />
número e elongação das células epidérmicas. Em gramíneas, a zo<strong>na</strong> <strong>de</strong><br />
elongação se situa <strong>na</strong> base da folha, protegida pelas folhas superiores e por isto,<br />
o crescimento da folha, sob <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> N, ten<strong>de</strong> a ser menos afetado do que<br />
a fotossíntese. As plantas <strong>de</strong>ficientes em P têm a coloração ver<strong>de</strong> escuro <strong>de</strong>vido<br />
à paralização da elongação celular, ficando com um maior número <strong>de</strong> células<br />
por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> área. Além disso a baixa disponibilida<strong>de</strong> em P afeta a<br />
exportação <strong>de</strong> trioses-P do cloroplasto, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da entrada <strong>de</strong> P<br />
inorgânico nessa organela (VOSE, 1990).<br />
Em maçã e em citrus, uma aplicação <strong>de</strong> N-amoniacal <strong>na</strong> pré-floração tem<br />
um efeito maior no <strong>de</strong>senvolvimento que o suprimento contínuo <strong>de</strong> Nnítrico,<br />
aumentando a iniciação floral, provavelmente pela síntese <strong>de</strong><br />
compostos nitroge<strong>na</strong>dos, como as poliami<strong>na</strong>s que ativam a iniciação floral. O<br />
déficit hídrico tem o mesmo efeito como indutor <strong>de</strong> floração em algumas<br />
culturas como citrus <strong>de</strong>vido à acumulação <strong>de</strong> amônio <strong>na</strong>s folhas <strong>de</strong> plantas<br />
estressadas. A aplicação foliar <strong>de</strong> uréia também aumenta a floração e<br />
frutificação em citrus e maçã, e repetida por 3 anos não causou diminuição <strong>de</strong><br />
frutificação (RABE, 1994). Em arroz, a aplicação foliar <strong>de</strong> N <strong>na</strong> floração<br />
causou aumento no teor <strong>de</strong> proteí<strong>na</strong>s no grão (SOUZA et al. 1993).<br />
O suprimento a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> P e K afeta também a formação <strong>de</strong> flores em<br />
maçã e tomate, aumentando os teores <strong>de</strong> citocini<strong>na</strong>s. A <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> N e <strong>de</strong><br />
P durante a fase crítica <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> flores causa aborto <strong>de</strong>ssas. O<br />
suprimento a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> N neste período crítico aumenta os teores <strong>de</strong><br />
citocini<strong>na</strong>s e abaixa os <strong>de</strong> ABA, diminuindo o aborto floral. Em batata, um<br />
contínuo e alto fornecimento <strong>de</strong> N atrasa ou impe<strong>de</strong> a tuberização <strong>de</strong>vido à<br />
diminuição da síntese <strong>de</strong> gibereli<strong>na</strong>s <strong>na</strong> parte aérea. Um baixo suprimento <strong>de</strong><br />
N, contudo, po<strong>de</strong> diminuir o IAF e a duração da área foliar <strong>de</strong>vido à<br />
senescência <strong>de</strong> folhas, diminuindo assim a produção. Em frutas ou tubérculos,<br />
o conteúdo <strong>de</strong> K nestes órgãos é gran<strong>de</strong> e a <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong>ste elemento <strong>na</strong>s<br />
fontes po<strong>de</strong> limitar a produção e exportação <strong>de</strong> fotoassimilados. Em contraste,<br />
os cereais têm mais <strong>de</strong> 80% do N e P no grão, contra somente 20% do K.<br />
Portanto, em cereais a <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> N e P limita a produção <strong>de</strong><br />
fotoassimilados da fonte, enquanto a <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> K não é tão importante.<br />
131