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Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode

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Assimilação <strong>de</strong> carbono<br />

1.C.2. Respostas das plantas C 3 , C 4 e CAM aos fatores ambientais<br />

O pensamento científicio sobre a fotossíntese C 4 durante a evolução das<br />

angiospermas, foi muito influenciado pela <strong>de</strong>scoberta das plantas<br />

intermediárias C 3 -C 4 . O fato <strong>de</strong> existirem plantas com um comportamento<br />

intermediário entre C 3 e C 4 , que estariam evoluindo da via C 3 para a via C 4 ,<br />

leva a crer que as plantas C 4 sejam uma evolução a partir <strong>de</strong> plantas C 3<br />

quando do enriquecimento da atmosfera em O 2 , inibidor da fotossíntese C 3 .<br />

Tal evolução se daria pela seleção <strong>de</strong> genótipos possuidores do mecanismo <strong>de</strong><br />

concentração <strong>de</strong> CO 2 (suprimindo o efeito inibitório do O 2 em baixas<br />

concentrações atmosféricas <strong>de</strong> CO 2 ), permitindo maior adaptação aos fatores<br />

ambientais adversos, principalmente em clima tropical, como a <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong><br />

água e <strong>de</strong> nitrogênio, salinida<strong>de</strong> e temperaturas altas (Tab. 2). A evolução <strong>de</strong><br />

plantas C 4 provavelmente iniciou-se durante o Paleoceno, quando houve um<br />

período <strong>de</strong> baixa concentração atmosférica <strong>de</strong> CO 2 (APEL, 1994). A maioria<br />

das plantas C 4 tem seu centro <strong>de</strong> origem em zo<strong>na</strong> tropical, e algumas<br />

características fisiológicas <strong>de</strong>ssas plantas C 4 lhes conferem maior potencial<br />

produtivo em zo<strong>na</strong> tropical:<br />

Eficiência quântica e ativida<strong>de</strong> fotossintética - As plantas C 4 não<br />

apresentam saturação luminosa para a assimilação fotossintética, mesmo com<br />

intensida<strong>de</strong>s luminosas máximas do meio dia no verão acima <strong>de</strong> 2000 mmol<br />

quanta.m -2 .s -1 , enquanto as C 3 se saturam a intensida<strong>de</strong>s em torno <strong>de</strong> 600<br />

a 800 mmol quanta.m -2 .s -1 (HALL & RAO, 1994), que representa 1/3 da<br />

intensida<strong>de</strong> luminosa máxima <strong>de</strong> um dia <strong>de</strong> verão (Tab. 2). Essa resposta das<br />

plantas C 4 permite um maior aproveitamento da energia luminosa disponível<br />

em zo<strong>na</strong> tropical, on<strong>de</strong> existem altas intensida<strong>de</strong>s luminosas durante quase<br />

todo o ano. Contudo, sob baixas intensida<strong>de</strong>s luminosas, <strong>na</strong> sombra, as<br />

plantas C 3 apresentam uma taxa fotossintética mais alta do que as C 4<br />

(EDWARDS & WALKER, 1983; HALL & RAO, 1994).<br />

Furbank et al (1990), mostram que plantas C 3 a 30°C necessitam <strong>de</strong> 18,9<br />

mol quanta/mol <strong>de</strong> CO 2 fixado, enquanto à temperatura <strong>de</strong> 20°C necessitam<br />

<strong>de</strong> 15,4. A diminuição da eficiência quântica das plantas C 3 em temperaturas<br />

elevadas é <strong>de</strong>vida principalmente ao aumento da fotorrespiração (NOBEL,<br />

1991). Também a diminuição da fotossíntese causada pela temperatura é<br />

atribuída à <strong>de</strong>struição da ultra-estrutura cloroplástica, po<strong>de</strong>ndo este efeito ser<br />

controlado por reguladores <strong>de</strong> crescimento (STARCK et al, 1993).<br />

As gramíneas C 4 <strong>de</strong>senvolvendo-se a 20 ou 30°C necessitam em média <strong>de</strong><br />

15,9 mol quanta/mol <strong>de</strong> CO 2 fixado, e as dicotiledôneas C 4 em média 17,5.<br />

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