Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Partição <strong>de</strong> carbono <strong>na</strong> planta<br />
ocorrer a floração, um balanço complexo <strong>de</strong> auxi<strong>na</strong>s, gibereli<strong>na</strong>s e citocini<strong>na</strong>s<br />
<strong>de</strong>va ser atingido, assim como já se sabe que a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> peroxidases está<br />
correlacio<strong>na</strong>da a esse processo e, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do estádio <strong>de</strong> crescimento da<br />
planta, controla o nível endógeno <strong>de</strong> auxi<strong>na</strong>s livre e a síntese <strong>de</strong> pare<strong>de</strong> celular<br />
(JAEGHER & BOYER, 1990).<br />
Apesar <strong>de</strong> já termos conhecimento da ação hormo<strong>na</strong>l sobre a fonte e o<br />
dreno, <strong>de</strong>vemos acautelar-nos <strong>na</strong> afirmação <strong>de</strong> que as relações fonte/dreno são<br />
controladas exclusivamente pelos fitormônios. Estes estão envolvidos no<br />
controle dos processos responsáveis pelo crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento<br />
vegetal, mas provavelmente agindo em conjunto com outros metabólitos, com<br />
a expressão gênica <strong>de</strong> enzimas e estímulos exógenos e endógenos, que em<br />
conjunto, produzirão a resposta do vegetal. Existe uma baixa correlação entre<br />
os níveis celulares <strong>de</strong> fitormônios e os seus efeitos, pois somente uma fração<br />
do seu conteúdo está em uma forma ativa e gran<strong>de</strong> parte está i<strong>na</strong>tivado por<br />
ligações químicas ou por compartimentalização, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> pH e<br />
polarização <strong>de</strong> membra<strong>na</strong>s (Fig. 8). Além disso, necessita-se <strong>de</strong> receptores<br />
celulares no sítio <strong>de</strong> ação do fitormônio, que per<strong>de</strong>m a sensibilida<strong>de</strong> com a<br />
ida<strong>de</strong> do órgão e fatores ambientais, como disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água e<br />
nutrientes, temperatura e fotoperíodo (MARSCHNER, 1995). A seguir serão<br />
citados os principais efeitos dos fitormônios conhecidos, sobre as relações<br />
fonte/dreno (Tab. 5):<br />
A) Auxi<strong>na</strong>s<br />
O processo chamado crescimento ácido para a elongação celular é<br />
induzido por auxi<strong>na</strong>s, que ao serem transportadas para <strong>de</strong>ntro da célula<br />
(transporte polar <strong>de</strong> auxi<strong>na</strong>s por um transportador específico) são ionizadas<br />
liberando H + no citoplasma. Tal processo ativará a bomba <strong>de</strong> prótons<br />
associada à ATPase (H + -ATPase) membra<strong>na</strong>r, promovendo a extrusão <strong>de</strong><br />
prótons, que vai acidificar a pare<strong>de</strong> celular, rompendo as ligações entre as<br />
fibrilas <strong>de</strong> celulose, ou ativando enzimas <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong> celulose,<br />
permitindo o aumento <strong>de</strong> volume <strong>na</strong> célula (KASAMO & SAKAKIBARA,<br />
1995). Portanto, as auxi<strong>na</strong>s ou a toxi<strong>na</strong> fúngica fusicosi<strong>na</strong>, estimulam a<br />
extrusão <strong>de</strong> prótons e, conseqüentemente, a expansão celular (MORRIS,<br />
1996).<br />
As auxi<strong>na</strong>s afetam a fotossíntese induzindo a abertura estomática, em uma<br />
sintonia fi<strong>na</strong>, associada ao efeito do ABA para resposta rápida às variações<br />
ambientais <strong>de</strong> luz, CO 2 e UR%. O efeito começa com a acidificação do<br />
apoplasto em torno das células guardas, que junto com o efluxo <strong>de</strong> Ca 2+ , vai<br />
69