Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
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Relações fonte/dreno<br />
geralmente ocorre durante o período <strong>de</strong> máxima acumulação <strong>de</strong> matéria seca<br />
no dreno. Por exemplo, o ABA é encontrado em altas concentrações no eixo<br />
embrionário <strong>de</strong> soja, ou no embrião do milho, isto é, ABA é encontrado em<br />
máximas concentrações no local <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarregamento do floema no dreno,<br />
durante o período <strong>de</strong> rápido enchimento do grão. A ocorrência <strong>de</strong> auxi<strong>na</strong>s em<br />
sementes em <strong>de</strong>senvolvimento é similar ao ABA, pois a máxima concentração<br />
somente é observada alguns dias antes do máximo <strong>de</strong> ABA. Da mesma forma,<br />
gibereli<strong>na</strong>s em altas concentrações são encontradas no endosperma <strong>de</strong> ervilha,<br />
no momento <strong>de</strong> máxima elongação da vagem; assim como as citocini<strong>na</strong>s,<br />
atingem os maiores teores no endosperma <strong>de</strong> grãos <strong>de</strong> cereais em<br />
<strong>de</strong>senvolvimento. Em trigo, há um aumento da concentração <strong>de</strong> citocini<strong>na</strong>s 4<br />
a 5 dias pós-antese (BRENNER & CHEIKH, 1995).<br />
Os fitormônios regulam as relações fonte/dreno, provavelmente em uma<br />
ação conjunta, on<strong>de</strong> um fitormônio funcio<strong>na</strong> como promotor <strong>de</strong> um evento<br />
e outro fitormônio como inibidor <strong>de</strong>ste evento. Assim, o vegetal tem como<br />
controlar passo a passo todo o processo <strong>de</strong> assimilação, transporte e utilização<br />
<strong>de</strong> carboidratos, fazendo uma sintonia fi<strong>na</strong>, em função <strong>de</strong> variações ambientais<br />
instantâneas, como teores <strong>de</strong> CO 2 ou <strong>de</strong> H 2 O, para maximizar o processo <strong>de</strong><br />
produção vegetal. Provavelmente, nenhum <strong>de</strong>sses processos é controlado por<br />
um único fitormônio, mas sim pelo balanço <strong>de</strong>stes, como já foi bem visto para<br />
o controle da abertura estomática (MANSFIELD & MCAINSH, 1995). O<br />
estímulo floral, por exemplo, acredita-se ser simultaneamente produzido em<br />
folhas diferentes, via fitocromos, enviado e amplificado em reações <strong>de</strong> cascata<br />
em dois níveis, com a cooperação entre microfunções intracelulares e<br />
macrofunções intercelulares; isto em conexão com a produção e distribuição<br />
<strong>de</strong> energia e ativação genética, associado a modificações no balanço <strong>de</strong><br />
fitormônios. Tal resposta é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte também das mudanças ocorridas <strong>na</strong>s<br />
estruturas existentes, e da ativida<strong>de</strong> enzimática que manteve o crescimento<br />
vegetativo (JAEGHER & BOYER, 1990).<br />
2.A.4.1. Movimento e possíveis ações <strong>de</strong> fitormônios <strong>na</strong> fonte e no<br />
dreno<br />
O vegetal controla o movimento <strong>de</strong> fitormônios entre diferentes tecidos,<br />
os quais regulam a absorção <strong>de</strong> água e nutrientes e o trânsito <strong>de</strong> assimilados<br />
entre a fonte e o dreno, atuando ao nível da plasmalema e causando<br />
modificações químico-estruturais em substâncias celulares. Esses fitormônios<br />
também atuam no processo <strong>de</strong> floração. Atualmente, sugere-se que para<br />
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