Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
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Relação fonte/dreno<br />
Ainda em batata (<strong>na</strong> qual, o transporte <strong>de</strong> sacarose para o floema é<br />
apoplástico), manipulações genéticas para inibição do transportador <strong>de</strong><br />
sacarose para as células companheiras <strong>na</strong> folha diminuiu a fotossíntese,<br />
aumentando os teores <strong>de</strong> hexoses, sacarose e amido da folha, e reduzindo o<br />
crescimento <strong>de</strong> raízes e tubérculos, diminuindo assim a produtivida<strong>de</strong>. Da<br />
mesma forma, manipulações genéticas para aumento da ativida<strong>de</strong> das<br />
invertases ácida ([5], Fig. 12) e neutra ([6], Fig. 12) levaram a um<br />
aumento <strong>de</strong> 30% no peso fresco dos tubérculos, com diminuição do<br />
número <strong>de</strong> tubérculos. Tais experimentos <strong>de</strong>monstram a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
manipular-se a alocação e partição <strong>de</strong> carbono <strong>na</strong> planta (SONNEWALD<br />
et al., 1994).<br />
2.B. ALOCAÇÃO DE CARBONO NA PLANTA (ASPECTOS BIOQUÍMICOS)<br />
Os primeiros carboidratos produzidos pela assimilação <strong>de</strong> carbono,<br />
<strong>de</strong>ntro do cloroplasto são a trioses-P (Fig. 12), que são o dihidroxi-aceto<strong>na</strong>fosfato<br />
(DHAP), o gliceral<strong>de</strong>ído-fosfato (G3P), o ácido difosfoglicérico<br />
(DPGA) e o ácido fosfoglicérico (PGA). A interconversão <strong>de</strong>ssas trioses-P<br />
consome ou produz ATP e NADPH (estes últimos não atravessam o<br />
envelope cloroplástico; Fig. 1). Essas trioses produzidas no cloroplasto são<br />
exportadas para o citoplasma ou usadas para a síntese <strong>de</strong> amido no<br />
cloroplasto, como reserva da folha. No citoplasma, essas trioses são<br />
consumidas pela célula ou aportam ATP e NADPH para o citoplasma; ou<br />
servem ainda, para a síntese <strong>de</strong> sacarose, para reserva no vacúolo ou para<br />
serem exportadas para outros tecidos (Fig. 12) (VAN DER WERF, 1996).<br />
2.B.1. <strong>Metabolismo</strong> <strong>de</strong> carboidratos no cloroplasto e transporte<br />
para o citoplasma<br />
As trioses-P produzidas no cloroplasto po<strong>de</strong>m, portanto, ser exportadas<br />
para o citoplasma ou convertidas em amido para reserva no próprio<br />
cloroplasto. Quando a concentração <strong>de</strong> trioses-P no cloroplasto é alta, as<br />
trioses-P do cloroplasto não são exportadas, e são <strong>de</strong>sviadas para a síntese<br />
<strong>de</strong> amido. Havendo necessida<strong>de</strong>, durante o período noturno, por exemplo,<br />
o amido é hidrolisado para que triose-P seja exportada. Quando a <strong>de</strong>manda<br />
<strong>de</strong> trioses-P para o citoplasma é alta, não há síntese <strong>de</strong> amido no cloroplasto<br />
(SIVAK et al., 1989). A síntese, ou <strong>de</strong>gradação do amido, é controlada pelo<br />
metabolismo da sacarose no citoplasma (BECK & ZIEGLER, 1989).<br />
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