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Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode

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Partição <strong>de</strong> carbono <strong>na</strong> planta<br />

resultados já foram conseguidos, como: tolerância ao frio em Arabidopsis<br />

thalia<strong>na</strong>, tabaco e alfafa, e tolerância a metais pesados em tabaco e Brassica<br />

<strong>na</strong>pus (ROGERS & PARKERS, 1995). Outra gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> no<br />

progresso, <strong>na</strong> área <strong>de</strong> adaptação ambiental, é o fenômeno da redundância<br />

genética, on<strong>de</strong> a expressão fenotípica é controlada por funções <strong>de</strong> múltiplos<br />

genes que funcio<strong>na</strong>m em re<strong>de</strong>, com comunicação e “feedback loops” entre<br />

eles. Nesse processo, se um membro da re<strong>de</strong> é perdido por mutações, a<br />

expressão fenotípica é mantida pelos outros genes restantes. Isto faz com que<br />

um gene retirado ou adicio<strong>na</strong>do a uma planta transgênica, possa não causar<br />

variação fenotípica <strong>de</strong> comportamento no campo, por exemplo (PICKETT &<br />

MEEKS-WAGNER, 1995). Por enquanto ainda não foram conseguidos<br />

progressos <strong>na</strong> produtivida<strong>de</strong> agrícola via plantas transgênicas, e necessitamos<br />

<strong>de</strong> um conhecimento mais aprofundado sobre o controle genético em re<strong>de</strong><br />

para uma expressão fenotípica <strong>de</strong>sejada.<br />

Outro problema com a biologia molecular é que <strong>de</strong>vemos ter muito<br />

cuidado com a dispersão <strong>de</strong>ssas características introduzidas em uma planta<br />

para outras, por exemplo via polén das transgênicas, cruzados com plantas<br />

silvestres ou ervas daninhas compatíveis, formando híbridos e per<strong>de</strong>ndo-se o<br />

controle <strong>de</strong>ssa característica. A erradicação <strong>de</strong>ssas plantas silvestres e/ou<br />

invasoras modificadas tor<strong>na</strong>-se extremamente difícil; é o que já está<br />

acontecendo em algumas regiões on<strong>de</strong> se trabalha com a biologia molecular<br />

(RAYBOULD & GRAY, 1994).<br />

A manipulação genética, via plantas transgênicas, tem sido <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

auxílio, principalmente <strong>na</strong> compreensão do processo <strong>de</strong> partição e alocação <strong>de</strong><br />

assimilados <strong>na</strong> planta e seus efeitos <strong>na</strong> produtivida<strong>de</strong> agrícola, para a<br />

i<strong>de</strong>ntificação das etapas chaves que controlam a taxa fotossintética e a<br />

conseqüente habilida<strong>de</strong> da fonte em produzir fotoassimilados. Para tanto,<br />

mutantes com níveis alterados <strong>de</strong> enzimas chaves do metabolismo <strong>de</strong> carbono<br />

já foram <strong>de</strong>senvolvidos.<br />

A análise <strong>de</strong> mutantes <strong>de</strong> tabaco com um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 60% dos níveis da<br />

rubisco, mostra que só há uma inibição <strong>de</strong> 6% da ativida<strong>de</strong> fotossintética. Essa<br />

redução do nível <strong>de</strong> rubisco em 60% é compensada por um aumento <strong>de</strong> 60 a<br />

100% do processo <strong>de</strong> ativação da enzima, pela rubisco ativase. Uma posterior<br />

redução da ativida<strong>de</strong> restante (50% da ativida<strong>de</strong> restante), da rubisco, vai<br />

então causar uma diminuição drástica da ativida<strong>de</strong> fotossintética<br />

(SONNEWALD et al., 1994). Portanto a rubisco (mais <strong>de</strong> 50% das proteí<strong>na</strong>s<br />

foliares) po<strong>de</strong> funcio<strong>na</strong>r como uma proteí<strong>na</strong> <strong>de</strong> reserva <strong>de</strong> N, diminuindo sua<br />

ativida<strong>de</strong> sem alterar a assimilação <strong>de</strong> CO 2 , quando houver <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> N.<br />

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